Suplementação de ferro em pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise : um ensaio clínico
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Data
2000Autor
Tipo
Outro título
Iron supplementation therapy in end-stage renal disease, hemodialysis patients : a clinical trial
Assunto
Resumo
OBJETIVOS: Avaliar deficiência de ferro e comparar a efetividade da suplementação de ferro oral e parenteral nos pacientes renais crônicos em hemodiálise. PACIENTES E MÉTODOS: Trinta e nove pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise foram avaliados para idade, peso, etiologia da insuficiência renal crônica, tempo em hemodiálise, uso de eritropoetina humana recombinante, albumina sérica, níveis de hematócrito e hemoglobina, ferritina sérica e grau de deficiência de ferro. Grau de d ...
OBJETIVOS: Avaliar deficiência de ferro e comparar a efetividade da suplementação de ferro oral e parenteral nos pacientes renais crônicos em hemodiálise. PACIENTES E MÉTODOS: Trinta e nove pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise foram avaliados para idade, peso, etiologia da insuficiência renal crônica, tempo em hemodiálise, uso de eritropoetina humana recombinante, albumina sérica, níveis de hematócrito e hemoglobina, ferritina sérica e grau de deficiência de ferro. Grau de deficiência de ferro foi avaliado pela equação: estado de ferro = [400 x log (ferritina sérica) - log 30] - [150 x (11,55 - hemoglobina sérica)] Deficiência de ferro foi considerada quando o resultado da equação era negativo. Estes pacientes foram randomizados aleatoriamente em 2 grupos. Os que apresentaram episódio de sangramento ou transfusão sanguínea recentes foram excluídos do estudo. O Grupo I recebeu ferro oral e o Grupo II, sacarato de hidróxido de ferro endovenoso. A dose foi calculada com base no estado de ferro e peso corporal e ajustada para biodisponibilidade estimada RESULTADOS: Vinte e quatro pacientes (62%) estavam deficientes de ferro, sendo que 19 destes completaram o estudo, 11 pacientes no Grupo I e 8 no Grupo II . Comparado aos valores pré-tratamento com ferro, o Grupo II apresentou aumentos significativos nos níveis de hematócrito (3,25 ± 3,69%, P < 0,05), hemoglobina sérica (0,98 ± 0,86g/dl, P < 0,02), ferritina sérica (245 ± 133ng/ml, P < 0,01) e no estado de ferro (316,20 ± 214,230mg, P < 0,01), o mesmo não ocorrendo no Grupo I. Ao comparar os dois grupos, o Grupo II apresentou aumentos maiores no hematócrito, hemoglobina sérica, ferritina sérica e estado de ferro do que o grupo I (P < 0,05). Cinco pacientes (62,5%) não usando eritropoetina (Grupo II) tiveram aumentos maiores no hematócrito (2,2±3,4%) e na hemoglobina sérica (0,8±0,6g/dl) (P<0,05) comparados aos do Grupo I. CONCLUSÕES: Em doses equivalentes, a suplementação endovenosa de ferro foi mais efetiva do que a reposição oral em aumentar os níveis de hematócrito, hemoglobina sérica, ferritina sérica e estado de ferro nos pacientes renais crônicos em hemodiálise. Pacientes não usando eritropoetina humana recombinante apresentaram benefício somente com a suplementação parenteral de ferro na anemia. ...
Abstract
OBJECTIVE: To evaluate iron deficiency and to compare effectiveness of oral and parenteral iron supplementation in end-stage renal disease, hemodialysis patients. PATIENTS AND METHODS: Thirty-nine end-stage renal disease, hemodialysis patients were evaluated for age; weight; etiology of chronic renal failure; duration of hemodialysis; use of recombinant human erythropoietin; serum albumin, serum hemoglobin, hematocrit, and serum ferritin levels; and iron status. Iron status was assessed based o ...
OBJECTIVE: To evaluate iron deficiency and to compare effectiveness of oral and parenteral iron supplementation in end-stage renal disease, hemodialysis patients. PATIENTS AND METHODS: Thirty-nine end-stage renal disease, hemodialysis patients were evaluated for age; weight; etiology of chronic renal failure; duration of hemodialysis; use of recombinant human erythropoietin; serum albumin, serum hemoglobin, hematocrit, and serum ferritin levels; and iron status. Iron status was assessed based on the following equation: [400 x log (serum ferritin) - log 30] - [150 x (11.55 - hemoglobin)] = iron status Patients were considered iron-deficient when the equation gave a negative result. Next, these patients were randomly divided into 2 groups. Patients with recent bleeding episodes or blood transfusion were excluded from the study. Group I received oral iron sulfate and group II intravenous iron hydroxide saccharate. The dosage was calculated based on the iron status and body weight and adjusted for estimated bioavailability RESULTS: Twenty-four (62%) patients were iron-deficient, out of which 19 completed the trial (11 patients in group I and 8 in group II). In the comparison with baseline values, group II had a significant increase in hematocrit (3.25 ± 3.69%, P < 0.05), serum hemoglobin (0.98 ± 0.86 g/dl, P < 0.02), serum ferritin (245 ± 133 ng/ml, P < 0.01) and iron status (316.20 ± 214.230 mg, P < 0.01), whereas group I did not. In the comparison of group I and group II, the latter indicated greater increase in hematocrit, serum hemoglobin, serum ferritin and iron status (P < 0.05). Group II patients not using erythropoietin (5 of 8 patients), when compared to Group I, presented a greater increase in serum hemoglobin (0.8 ± 0.6 g/dl) and hematocrit (2.2± 3.4 %, P < 0.05). CONCLUSIONS: Considering equivalent dosages, intravenous iron therapy was more effective than oral therapy in increasing hematocrit, serum hemoglobin, serum ferritin, and iron status in hemodialysis patients with chronic renal disease. Patients not using recombinant human erythropoietin could benefit only from intravenous iron therapy. ...
Contido em
Revista HCPA. Porto Alegre. Vol. 20, n. 3 (nov. 2000), p. 202-212
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