Aspectos condicionadores do objeto nulo e do pronome pleno em português brasileiro : uma análise da fala infantil
Visualizar/abrir
Data
2016Tipo
Assunto
Resumo
O quadro pronominal do português brasileiro (PB) vem passando por modificações ao longo do tempo. Desde o século XIX, o clítico acusativo de terceira pessoa (o, a) vem perdendo espaço no conjunto de pronomes. Para retomar elementos anafóricos em posição de objeto direto, a gramática do PB fornece duas estratégias no lugar do clítico: o pronome pleno (ele, ela) ou uma categoria vazia. A escolha por uma estratégia ou outra não é aleatória; acontece por influência de traços semânticos (e talvez di ...
O quadro pronominal do português brasileiro (PB) vem passando por modificações ao longo do tempo. Desde o século XIX, o clítico acusativo de terceira pessoa (o, a) vem perdendo espaço no conjunto de pronomes. Para retomar elementos anafóricos em posição de objeto direto, a gramática do PB fornece duas estratégias no lugar do clítico: o pronome pleno (ele, ela) ou uma categoria vazia. A escolha por uma estratégia ou outra não é aleatória; acontece por influência de traços semânticos (e talvez discursivos) do referente anafórico. De acordo com a literatura sobre o assunto, os traços de animacidade e especificidade ou de gênero semântico são os que parecem condicionar o uso de pronomes e objetos nulos em PB, e é isso que investigaremos aqui. Nossa hipótese central é que apenas uma dessas características do referente seja de fato aquela que condicione o uso do pronome ou do objeto nulo na retomada anafórica: o traço de gênero semântico. Para corroborar essa hipótese, analisamos aqui a fala de crianças entre as idades de 1 a 9 anos, dos corpora do CEAAL (PUCRS) e PEUL (UFRJ). ...
Abstract
The pronominal inventory in Brazilian Portuguese (BP) has been undergoing changes over time. Since the nineteenth century, the accusative third person clitic (o, a) has been falling away. BP grammar provides two new strategies to replace the clitic: the full pronoun(ele, ela) or a null element. The choice of one strategy or the other is not random; it is straightforwardly related to semantic (and perhaps discoursive) features of the antecedent. According to the literature on the subject, featur ...
The pronominal inventory in Brazilian Portuguese (BP) has been undergoing changes over time. Since the nineteenth century, the accusative third person clitic (o, a) has been falling away. BP grammar provides two new strategies to replace the clitic: the full pronoun(ele, ela) or a null element. The choice of one strategy or the other is not random; it is straightforwardly related to semantic (and perhaps discoursive) features of the antecedent. According to the literature on the subject, features of animacy and specificity or semantic gender are the ones that condition the use of pronouns or null objects in BP. This is what we investigate here. Our central hypothesis is that only one of these features is actually the one that triggers the use of a pronoun or the null object in anaphoric resumption, namely the semantic gender. To support this hypothesis, we analyze the speech of children between the ages of 1 to 9 years, extracted from two corpora: CEAAL (PUCRS) and PEUL (UFRJ). ...
Contido em
Caderno de Squibs. Brasília, DF. Vol. 2, n. 2 (dez. 2016), p. 1-12
Origem
Nacional
Coleções
-
Artigos de Periódicos (40281)Linguística, Letras e Artes (2737)
Este item está licenciado na Creative Commons License