Associação entre níveis séricos de vitamina D, estilo de vida e pressão arterial em pacientes com diabete melito tipo 2 e hipertensão arterial sistêmica
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Data
2017Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Resumo
Introdução e Objetivos: Valores séricos de vitamina D têm sido inversamente associados com índice de massa corporal (IMC) e pressão arterial (PA) na população em geral. Sendo a obesidade um fator de risco para hipovitaminose D e, considerando o fato de a maior parte dos pacientes com diabete melito (DM) tipo 2 serem obesos e hipertensos, o objetivo deste estudo foi avaliar a deficiência de vitamina D com parâmetros nutricionais, metabólicos e níveis de pressão arterial nessa população. Métodos: ...
Introdução e Objetivos: Valores séricos de vitamina D têm sido inversamente associados com índice de massa corporal (IMC) e pressão arterial (PA) na população em geral. Sendo a obesidade um fator de risco para hipovitaminose D e, considerando o fato de a maior parte dos pacientes com diabete melito (DM) tipo 2 serem obesos e hipertensos, o objetivo deste estudo foi avaliar a deficiência de vitamina D com parâmetros nutricionais, metabólicos e níveis de pressão arterial nessa população. Métodos: Neste estudo transversal, pacientes ambulatoriais hipertensos com DM tipo 2 realizaram avaliação clínica, nutricional e laboratorial. PA foi avaliada por medidas em consultório (Omron HEM-705CP) e Monitorização Ambulatorial de 24 horas (MAPA; Spacelabs®). Atividade física foi avaliada por contagem diária de passos (Pedômetro-Yamax Digi-Walker®), composição corporal por Densitometria por emissão de raios X de dupla energia (DXA Lunar Prodigy®) e dieta por questionário alimentar de frequência. Resultados: Um total de 116 pacientes com idade média de 65,0±8,9 anos, 43% masculino, com IMC 30,3±4,1kg/m², duração do DM 11,5 (5-19) anos, HbA1c 7,2 (6,5-8,3)%, e PA de consultório 150,7±20,9/83,5±11,0mmHg foram incluídos. A 25(OH)D média foi 21,0 (16,0-26,9)ng/ml e 43% dos pacientes foram considerados deficientes [25(OH)D<20 ng/ml]. Na MAPA, pacientes deficientes mostraram maior PA sistólica em 24h (135,7±10,2 vs. 130,2±13,3mmHg; P=0,016) e em vigilia (138,1±11,3 vs. 132,8±13,4mmHg; P=0,026) comparado aos não deficientes. Menor contagem de passos [4350,0 (2647,8-6598,0) vs. 6390,6 (4706,9-8081,1)passos/dia], menor cálcio urinário em 24 horas [47,0 (32,0-141,2) vs. 89,5 (67,7-152,5)mEq] e maior massa de gordura (30,8±8,2 vs. 27,2±6,6Kg) ocorreram em deficientes quando comparado aos não deficientes. Consumo de leite (35,6 vs. 64,4%; P=0,009) e peixe (31,2 vs. 68,8%; P<0,001) foi menor em pacientes com do que sem deficiência de vitamina D. Em análise multivariada, ajustada para massa de gordura e coleta dos dados no inverno, <5000 passos/dia (OR=3,30; IC95% 1,34-8,12), não consumo de leite e peixe (OR=6,56; IC95% 2,52-17,17) e ambos número <5000 passos/dia e não consumo de leite/peixe (OR=7,24; IC95% 2,19-23,90) permaneceram associados com deficiência de vitamina D. Conclusão: Deficiência de vitamina D é altamente prevalente em pacientes hipertensos e com DM tipo 2 e foi associada com elevada PA sistólica (MAPA), pouca atividade física e ausência de consumo de peixe e leite na dieta. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas: Endocrinologia.
Coleções
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Ciências da Saúde (9148)Endocrinologia (396)
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