O protagonismo juvenil na escola : participação do grêmio estudantil na gestão democrática

Abstract

Construir uma gestão democrática e participativa é um grande desafio para os gestores, e envolve toda a comunidade escolar. O presente trabalho tem como objetivo investigar a participação dos jovens no grêmio estudantil de uma escola pública localizada no município de Santa Cruz do Sul. Analisa o envolvimento desses sujeitos e a visão que eles têm acerca do grêmio estudantil, problematizando a relação dos jovens com a política e o espaço de participação. Discute sobre os obstáculos que encontram dentro da escola para que esta agremiação participe ativamente e a maneira como os gestores podem incentivar está prática. Este trabalho teve como fonte de pesquisa as entrevistas feitas com os alunos do Grêmio Estudantil e com alunos que deixaram de fazer parte desta agremiação, além da entrevista com uma professora que orientou um Grêmio Estudantil nesta escola em outra oportunidade. O referencial teórico conta com a contribuição de autores como Danilo Gandin (1996), Ilma Veiga (2001; 2013), David Tripp (2005), Paulo Carrano (2012) e Juarez Dayrell (2007). O Grêmio estudantil constitui um meio de participação dos alunos na vida escolar, o que favorece a formação para a cidadania, tornando-se um espaço de discussão, criação e tomada de decisão acerca do processo escolar, bem como fortalecendo noções a respeito de direitos, deveres e convivência comunitária. Através desta experiência surgiram alguns questionamentos, entre eles, os motivos que levam a falta de participação dos jovens, os significados possíveis do “não gostar de política” e a visão que eles têm do Grêmio Estudantil como uma espécie de voluntariado, uma oportunidade de ajudar a escola a ser um lugar melhor. Contribuir para que este aluno deixe de ser figurante e passe a ser protagonista dentro da escola é uma das questões abordadas neste trabalho e como educadores e gestores podem contribuir nesse processo.