Internações de crianças e de adolescentes por condições sensíveis à atenção primária em saúde, na rede pública de Porto Alegre/RS, no período de 2012 a 2014
Visualizar/abrir
Data
2016Autor
Orientador
Nível acadêmico
Especialização
Assunto
Resumo
INTRODUÇÃO: As condições sensíveis à atenção primária (CSAP) são situações que podem ser atendidas oportuna e efetivamente nesse nível do sistema de saúde, reduzindo a necessidade de hospitalizações. Conhecer as características dessas internações pode auxiliar a melhor organizar intervenções na rede de serviços de saúde, evitando o agravamento clínico, especialmente considerando a vulnerabilidade de crianças e adolescentes. OBJETIVO: Descrever as características das hospitalizações por CSAP na ...
INTRODUÇÃO: As condições sensíveis à atenção primária (CSAP) são situações que podem ser atendidas oportuna e efetivamente nesse nível do sistema de saúde, reduzindo a necessidade de hospitalizações. Conhecer as características dessas internações pode auxiliar a melhor organizar intervenções na rede de serviços de saúde, evitando o agravamento clínico, especialmente considerando a vulnerabilidade de crianças e adolescentes. OBJETIVO: Descrever as características das hospitalizações por CSAP na rede pública de crianças e adolescentes (menores de 20 anos) residentes em Porto Alegre (RS), no período de 2012 a 2014. MÉTODOS: Exploração das hospitalizações com diagnósticos principais conforme a Lista Brasileira de Internações por CSAP (Portaria 221/2008-Ministério da Saúde), a partir do Sistema de Informações Hospitalares (SIH)/SUS, disponíveis publicamente. Cálculo de indicadores por sexo, idade, permanência, letalidade e gastos por internação. RESULTADOS: Ocorreram 18.745 internações (6.248,3/ano; 168,7/10 mil hab./ano), tendo o sexo masculino predominado (9.973 vs. 8.772; 53,2% vs. 46,8%). As internações de <1 ano atingiram 8.587 (45,8%; 1.772,2/10 mil hab./ano) seguidas pelas de pacientes de 1-4 anos com 5.444 (29,0%; 289,9/10 mil hab./ano). Os diagnósticos principais foram doenças pulmonares (6.162; 32,9%); asma (3.965; 21,2%); e epilepsias (1.470; 7,8%). UTI foi utilizada em 885 hospitalizações (4,7%). Embora a maioria dos casos com uso de UTI tenha sido de doenças pulmonares (308; 5,0%), as maiores proporções de utilização ocorreram para insuficiência cardíaca (20; 36,4%) e diabetes mellitus (51; 31,3%). A letalidade foi baixa (0,2%). O diagnóstico mais frequente entre os óbitos foi de doenças pulmonares (13; 31,0%), seguido de pneumonias bacterianas (12; 28,6%). A média de permanência geral foi de 5,7 dias. O gasto médio anual foi R$ 3,46 milhões e o valor médio por internação R$ 553,50 (R$ 541,30 para o sexo masculino e R$ 567,40 para o feminino). O valor diário foi de R$ 96,77 (R$ 94,80 para masculino e R$ 98,90 para feminino). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar da estruturação da rede de atenção primária da cidade, observa-se um número ainda expressivo de internações que poderia ter sido evitado, principalmente de doenças respiratórias em menores de um ano. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Curso de Especialização em Saúde Pública.
Coleções
-
Ciências da Saúde (1502)
Este item está licenciado na Creative Commons License