A captura da diferença nos espaços escolares : um olhar deleuziano
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Data
2002Tipo
Outro título
The capture of difference in school spaces : a Deleuzian view
Assunto
Resumo
O propósito deste ensaio é o de explorar alguns dos dispositivos instalados nos espaços escolares que atuam na captura do diferente. Pois pensamos que é nesse jogo de localizações que os currículos escolares têm “normalizado” a diferença, impondo uma versão única do que implica devir-criança, aprendizagem, cultura. Um claro exemplo disso é a difundida afirmação “mentes sãs em corpos sãos”, instalada como o enunciado que mais tem insistido no esforço por calar as vozes da diferença. Esse silenci ...
O propósito deste ensaio é o de explorar alguns dos dispositivos instalados nos espaços escolares que atuam na captura do diferente. Pois pensamos que é nesse jogo de localizações que os currículos escolares têm “normalizado” a diferença, impondo uma versão única do que implica devir-criança, aprendizagem, cultura. Um claro exemplo disso é a difundida afirmação “mentes sãs em corpos sãos”, instalada como o enunciado que mais tem insistido no esforço por calar as vozes da diferença. Esse silenciamento é o resultado de um desenvolvimento despótico do poder que tem imposto uma única maneira de ser educado e sadio. Apesar dos silenciamentos, dos estigmas, das injúrias das últimas décadas, esse “buraco negro” tem sido interpelado pela irrupção de diferentes modos culturais e sociais, bem como pelas diferentes maneiras de viver a identidade. É nesse “para além” dos muros escolas que irrompe outra maneira de nomear a diferença, ameaçando des-organizar esse cenário escolar, infiltrando-se nesses espaços, fazendo ruído e desfigurando as inscrições no muro branco. É nessa direção que somos ad-vertidos pelas vozes de Gilles Deleuze, quando ele nos introduz nos múltiplos devires da máquina de captura. ...
Abstract
This essay is an attempt to explore some of the apparatuses which are in operation in the school spaces in order to capture everything that is seen as different. For we think that it is in this interplay of localizations that school curricula have worked to “normalize” the difference, imposing a single version of what becoming-child, learning and culture means. A clear example of this is the popular saying “sound minds in sound bodies”, one of the central statements in the general attempt to si ...
This essay is an attempt to explore some of the apparatuses which are in operation in the school spaces in order to capture everything that is seen as different. For we think that it is in this interplay of localizations that school curricula have worked to “normalize” the difference, imposing a single version of what becoming-child, learning and culture means. A clear example of this is the popular saying “sound minds in sound bodies”, one of the central statements in the general attempt to silence the voices of difference. This silencing is the result of a despotic development of a power that has imposed a single way of being educated and healthy. Yet, in spite of all the silences, injuries and stigmas of the last decades, this “black” hole has been interrogated by the irruption of different social and cultural ways of life, as well by different ways of living one’s own identity. It is from this “beyond the walls” that springs up another way of naming the difference. This process threatens do des-organize this school setting, infiltrating itself into these spaces, making an uproar and disfiguring the inscriptions on the white walls. It is in this sense that we are alerted by Deleuze’s voices, when he shows us the multiple becomings of the apparatuses of capture. ...
Contido em
Educação & realidade. Porto Alegre. Vol. 27, n. 2 (jul./dez. 2002), p. 111-122
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