A juçara vai à escola : aprendizagem entre pessoas, coisas e instituições
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Data
2015Tipo
Assunto
Resumo
Este artigo é resultado de uma etnografi a sobre materialidade, educação e aprendizagem realizada no contexto de uma rede local de educadoras ambientais atuantes em escolas públicas de ensino fundamental no litoral norte do Rio Grande do Sul, no Brasil. Tivemos por objetivo seguir as linhas que constituem o protagonismo da palmeira juçara, Euterpe edulis, espécie botânica conhecida popularmente como açaí da Mata Atlântica. Estivemos atentos aos seus usos nas práticas de alimentação e educação a ...
Este artigo é resultado de uma etnografi a sobre materialidade, educação e aprendizagem realizada no contexto de uma rede local de educadoras ambientais atuantes em escolas públicas de ensino fundamental no litoral norte do Rio Grande do Sul, no Brasil. Tivemos por objetivo seguir as linhas que constituem o protagonismo da palmeira juçara, Euterpe edulis, espécie botânica conhecida popularmente como açaí da Mata Atlântica. Estivemos atentos aos seus usos nas práticas de alimentação e educação ambiental desenvolvidas pelas educadoras da Teia (Teia de Educação Ambiental da Mata Atlântica). Desde nossa perspectiva, a juçara é um outro não humano que participa de uma trama de relações sociais e materiais, entrelaçando pessoas, coisas e instituições e está no centro de um feixe de processos de aprendizagem individuais, sociais e ambientais. Dialogamos com uma noção de aprendizagem pensada a partir dos modos pelos quais experiências educativas são vividas nos termos de uma sintonia fi na e dos laços de copertencimento com a dimensão não humana do ambiente, estabelecendo laços produtivos com outros humanos e não humanos. Nesse sentido, descrevemos a convivência entre as educadoras e a juçara como oportunidade para compreender formas de aprendizagem escolar e não escolar em uma comunidade rural no Rio Grande do Sul que, como qualquer outra, é constituída por um mundo mais que humano. ...
Abstract
This paper results of an ethnography on materiality, education and learning carried out in the context of a local network of active environmental educators in public elementary schools in the North of Rio Grande do Sul, Brazil. Our aim was to follow the lines that make up the role of juçara palm, Euterpe edulis, botanical species popularly known as açaí of the Atlantic Forest. We were aware of its uses in food and environmental education practices developed by the educators of the Teia (Teia de ...
This paper results of an ethnography on materiality, education and learning carried out in the context of a local network of active environmental educators in public elementary schools in the North of Rio Grande do Sul, Brazil. Our aim was to follow the lines that make up the role of juçara palm, Euterpe edulis, botanical species popularly known as açaí of the Atlantic Forest. We were aware of its uses in food and environmental education practices developed by the educators of the Teia (Teia de Educação Ambiental da Mata Atlântica). From our perspective, juçara is an other non-human who participate in a intertwining of social and material relations, linking people, things and institutions and is at the center of a bundle of individual, social and environmental learning processes. We dialogue with a notion of learning in a way by which educational experiences are lived under a fi ne tuning and co-belonging ties with non-human dimension of the environment, establishing productive ties with other humans and non-humans. In this sense, we describe the interaction between the teachers and the juçara as an opportunity to understand forms of school and non-school learning in a rural community in Rio Grande do Sul that, like any other, is constituted by a more-than-human world. ...
Contido em
Horizontes antropológicos. Porto Alegre, RS. Vol. 21, n. 44 (jul./dez. 2015), f. 309-329
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