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dc.contributor.advisorFonseca, Virginia Pradelina da Silveirapt_BR
dc.contributor.authorSilva, Márcia Veiga dapt_BR
dc.date.accessioned2015-07-04T02:01:38Zpt_BR
dc.date.issued2015pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/118550pt_BR
dc.description.abstractEsta tese trata da formação universitária dos jornalistas, observada no âmbito de duas universidades federais brasileiras. O estudo procurou compreender como os valores sociais hegemônicos e os sistemas classificatórios de diferença se imiscuem nos processos de ensino e aprendizagem do jornalismo, perpassando os saberes de profissão, as práticas pedagógicas e as relações interpessoais, interseccionados aos paradigmas e epistemologias dominantes que funcionariam como dispositivos de restrição à compreensão dos fenômenos sociais contemporâneos. Destarte, buscou entender como os saberes para a profissão ensinados na universidade são perpassados pelos regimes de verdade do poder disciplinar (FOUCAULT, 2012) que incidem nas possibilidades de leitura e narração da realidade, bem como nos encontros com a alteridade. Para essas compreensões, foram adotadas as perspectivas teóricas de viés epistemológico que concebem o jornalismo como uma forma de conhecimento social (GENRO, 1987; MEDITSCH, 1992; 2012; 2014), associadas a outras áreas do conhecimento denominadas de epistemologia da alteridade (PELÚCIO, 2012; MISKOLCI, 2012). As “lentes” conceituais de Foucault, da filosofia da ciência, dos estudos póscolonialistas, feministas e queer também foram norteadoras para pensar como o híbrido poder-saber opera produzindo normatividades, enredado a diferentes instâncias e ao próprio Jornalismo. Por essas perspectivas teóricas foi possível perceber que os tipos de conhecimento jornalístico (seja na forma das notícias, nas teorias ou nas práticas de ensino) (MEDITSCH, 2014) são perpassados por uma racionalidade constituída de forma predominante a partir de um paradigma (moderno/positivista) e de um sistema-mundo (capitalista, masculinista, racista, heterossexista, ocidentalista), os quais estabelecem os valores que legitimam o saber como verdade. O método de pesquisa foi inspirado na etnografia, aplicando a técnica da observação participante, com descrição densa, no acompanhamento de disciplinas teóricas e práticas de seis turmas de graduação. Entre as constatações do trabalho está a de que as convenções sociais hegemônicas, acionadas pelos jornalistas no processo de produção de notícias, também resultam de uma formação universitária cujas bases repousam em paradigmas restritivos ou limitados no seu potencial de compreensão mais ampla e complexa dos sujeitos e das relações sociais contemporâneas. Neste sentido, a estrutura da universidade e as práticas pedagógicas, bem como os arcabouços conceituais utilizadas no ensino das teorias e práticas da profissão, não têm potencializado que o conhecimento do Jornalismo desenvolva seu potencial crítico e revolucionário (GENRO FILHO, 1987). Deste modo, resulta em uma formação limitada na potencialização da capacidade de agência dos profissionais, do exercício da práxis e das condições de encontro com a alteridade, contribuindo com a reprodução simbólica de racionalidades dominantes que forjam desigualdades sociais na cultura.pt_BR
dc.description.abstractThis thesis is about the university formation of journalists, which was observed in two federal Brazilian universities. The study has searched for the understating of how the hegemonic social values and the classificatory system of differences affect the teaching and learning processes of Journalism, permeating the knowledge of this profession, the pedagogical practices and interpersonal relationships, intersected to the paradigms and dominant epistemologies which would work as restriction devices to the understanding of contemporary social phenomenon. Thus, it has attempted to understand how the professional knowledge taught at university is permeated by the truth regimes of the disciplinary power (FOUCAULT, 2012) which focus in the possibilities of reading and narration of reality, as well as in alterity meetings. To reach these understandings, theoretical perspectives of epistemological bias were adopted, which conceive journalism as a form of social knowledge (GENRO, 1987; MEDITSCH, 1992; 2012; 2014), associated to other areas of knowledge called epistemology of alterity (PELÚCIO, 2012; MISKOLCI, 2012). The conceptual “lenses” of Foucault, of science philosophy, of the post-colonial studies, feminist and queer studies were also guiding for thinking how the hybrid power-knowledge operates producing normativity, entangled to different instances and to Journalism itself. Through these theoretical perspectives, it was possible to realize that the stances of journalistic knowledge (be it in the form of news, theories or teaching practices) are permeated by a rationality that is built predominantly through a paradigm (modern/positivist) and through a world-system (capitalist, sexist/male-centered, racist, heterosexist, eastern), which stablish the values that legitimize the knowledge as truth. The research method was inspired by ethnography, applying the participant observation technique, with dense description, while accompanying theoretical and practical courses of six undergraduation classes. Among the findings of this thesis is the fact that social hegemonic conventions, driven by journalists in the news making process, also result from a university formation whose basis rest in restrictive or limited paradigms in its comprehensive potential of the subjects and social contemporary relations. In this sense, the university structure and pedagogical practices, as well as the conceptual frameworks used in teaching of theories and practices of the profession, have not enhanced that Journalistic knowledge develops its critical and revolutionary potential (GENRO FILHO, 1987). In this sense, it results in a limited formation of the professional’s potential capacity of agency, praxis’s exercise and conditions of meeting with alterity, contributing with the symbolic reproduction of dominant rationalities which forge social inequalities in culture.en
dc.format.mimetypeapplication/pdf
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectJournalismen
dc.subjectJornalistapt_BR
dc.subjectFormação profissionalpt_BR
dc.subjectKnowledgeen
dc.subjectAlteridadept_BR
dc.subjectAlterityen
dc.subjectJornalismopt_BR
dc.subjectUniversityen
dc.subjectPoweren
dc.titleSaberes para a profissão, sujeitos possíveis : um olhar sobre a formação universitária dos jornalistas e as implicações dos regimes de poder-saber nas possibilidades de encontro com a alteridadept_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb000969828pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Biblioteconomia e Comunicaçãopt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Comunicação e Informaçãopt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2015pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


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