O tempo vívido da memória : histórias sobre a formação docente para semear o futuro

Abstract

As escritas deste trabalho referem-se às experiências de estágio obrigatório docente como elemento transformador da aluna em professora. Através da narrativa autobiográfica busco rememorar cenas de conflitos e violências que integraram a prática pedagógica de estágio e que deixaram sofridas chagas em minha aprendizagem. Assim, com o tempo refletido as dores foram abrandadas e passaram a constituir elementos de transformação na minha atuação como docente. Neste período de reflexão, passei a questionar como nos tornamos professores através da prática docente de estágio, visto que comumente ela nos transforma em estrangeiros do ambiente educacional em que nos inserimos dentro de um curto espaço de tempo, e como tornamos a educação um veículo de formação humana, tanto para educadores, como para educandos. Educar também é construir valores e práticas para o desenvolvimento integral do humano. A partir destes questionamentos passo a dialogar com autores preocupados com a compreensão do Ser Humano multidimensional e complexo, dentre eles, Edgar Morin, Humberto Maturana, Saturnino De La Torre, Maria Cândida Moraes. O estudo tem como base metodológica as concepções construídas pela pesquisa qualitativa e os pressupostos da pesquisa autobiográfica com o qual permito reconsiderar o papel da educação como veículo de condução para o apaziguamento diante de uma cultura bélica que através de ações traz à escola exemplos de diversos níveis de agressividade.