Proficiência em língua inglesa : concepções e preconceitos
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Data
2014Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Assunto
Resumo
Através da experiência da autora com o ensino de inglês foram delimitadas algumas perguntas referentes à descrença dos alunos quanto ao que sabem de inglês ou quanto ao inglês que falam. Visando responder tais questionamentos, partiu-se das diferentes concepções de proficiência e do reforço negativo dado pela mídia para o inglês falado pelos brasileiros. Inglês esse, que embora seja generalizado, analisado e julgado como uma única língua, é, na verdade, mais de uma. Surgem, então, termos como L ...
Através da experiência da autora com o ensino de inglês foram delimitadas algumas perguntas referentes à descrença dos alunos quanto ao que sabem de inglês ou quanto ao inglês que falam. Visando responder tais questionamentos, partiu-se das diferentes concepções de proficiência e do reforço negativo dado pela mídia para o inglês falado pelos brasileiros. Inglês esse, que embora seja generalizado, analisado e julgado como uma única língua, é, na verdade, mais de uma. Surgem, então, termos como Língua Franca, Língua Estrangeira, Língua Adicional e Língua Internacional para caracterizar a existência de um inglês que não é falado por nativos. O desconhecimento de tal conceito e o reconhecimento da existência de diferenças entre falantes, contextos e funções acabam por gerar expectativas inalcançáveis e, posteriormente, frustrações nos falantes que não falam inglês como primeira língua. Falantes, de acordo com as ideias de Rajagopalan (2004), do World English, uma língua que pertence a todos que a falam, mas que é nativa de ninguém. Além das frustrações que a busca por um inglês ideal deixa nos alunos, há também as frustrações do professor não-nativo de inglês, que podem ser reconhecidas na síndrome do impostor (BERNAT, 2008), uma vez que há uma sensação evidente de fracasso em algum ponto da carreira daquele que deve ser julgado um perito em uma língua que lhe foi ensinada como estrangeira. Para finalizar, um questionário foi aplicado e analisado confirmando a insegurança daqueles que lidam com o idioma profissionalmente e as expectativas que são assimiladas por todos e acabam influenciando a forma como avaliamos nosso próprio conhecimento, em comparação com os preconceitos já culturalmente estabelecidos a respeito do inglês. ...
Abstract
Based on the experience of the author as an English teacher, some questions were delineated regarding the disbelief of the students in relation to what they know regarding the English language or about their level of proficiency. In order to answer such questions, different conceptions of proficiency and the negative reinforcement given by the media to the English spoken by Brazilians were researched. English, that although generalized, analyzed and judged as a single language, is actually more ...
Based on the experience of the author as an English teacher, some questions were delineated regarding the disbelief of the students in relation to what they know regarding the English language or about their level of proficiency. In order to answer such questions, different conceptions of proficiency and the negative reinforcement given by the media to the English spoken by Brazilians were researched. English, that although generalized, analyzed and judged as a single language, is actually more than one. Thus, terms like English as a Língua Franca, a Foreign Language, an Additional Language, and English as an International Language arise to characterize the existence of an English language that is not spoken by natives. The ignorance of the existence of these concepts and the recognition of differences between speakers, contexts and roles eventually generate unreachable expectations and subsequently frustrations in speakers who do not speak English as their first language. According to the ideas of Rajagopalan (2004), these people are speakers of World English, a language that belongs to everyone who speaks it, but it is native to no one. Besides the frustrations that the search for an ideal English causes in the students, there is also the frustration of non-native English teachers. This frustration can be recognized as belonging to the impostor syndrome (BERNAT, 2008); since there is an evident sense of failure at some point of their career due to the fact they should be judged as experts in a language they have been taught as being a foreign one. Finally, a questionnaire was administered and analyzed confirming the insecurity of those who deal professionally with the language and the expectations that are assimilated by everyone and ultimately influence how we evaluate our own knowledge, in comparison with the already culturally established prejudices about English. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Letras. Curso de Letras: Licenciatura.
Coleções
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TCC Letras (1219)
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