Ilustração e meta-ética em Dogville
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Data
2013Autor
Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Assunto
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo realizar uma reflexão filosófica sobre o filme Dogville, de Lars von Trier, a partir do diálogo com a corrente contemporânea da filosofia analítica que pensa alguns filmes enquanto artefatos capazes de filosofar em seus próprios termos. A pesquisa partiu de um levantamento de outras interpretações do filme, que em grande parte discutiam aspetos pontuais do mesmo. Entretanto, após análises identificou-se uma centralidade da questão ética que, quando problema ...
O presente trabalho tem como objetivo realizar uma reflexão filosófica sobre o filme Dogville, de Lars von Trier, a partir do diálogo com a corrente contemporânea da filosofia analítica que pensa alguns filmes enquanto artefatos capazes de filosofar em seus próprios termos. A pesquisa partiu de um levantamento de outras interpretações do filme, que em grande parte discutiam aspetos pontuais do mesmo. Entretanto, após análises identificou-se uma centralidade da questão ética que, quando problematizada através de recursos metalinguísticos e características oriundas do teatro Brechtiano, resulta no desfecho meta-ético do filme. Diante de tal constatação, a hipótese central deste estudo é a de que exista uma reflexão meta-ética em Dogville que, se articulada, é capaz de dar um sentido que o unifique. O filme exige muito do seu espectador na medida em que o confronta com sua complexidade e não explicita suas conclusões. A quantidade de interpretações que ele possui é sintomática disso. Significativo esforço analítico foi realizado para encontrar o sentido que o articule do início ao fim, resguardando, contudo, sua ambiguidade e abertura. O filme, enquanto obra de arte, discute a si mesmo e as possibilidades de seu suporte (no caso, o formato fílmico). Dogville nos nega uma conclusão de cunho pedagógico, porque contém uma crítica de seus próprios estratagemas didáticos no elaborar de sua parábola. A presente investigação encontrou a ineficácia de ilustrações morais como cerne dessa crítica. É também possível derivar do filme uma hipótese metafísica sobre a incapacidade humana de corrigir-se moralmente, porém, não são fornecidos subterfúgios para confirmá-la ou negá-la. ...
Abstract
The present study aims to draw a philosophical reflection on the movie Dogville, of Lars von Trier, in dialogue with contemporary analytic philosophers who considers some films as artifacts able to philosophize on their own terms. The research started with a summary of other interpretations of this film, which mainly examined specific aspects of it. However, after analysis, it was identified as central the ethical issue that when troubled through metalinguistic features and characteristics deri ...
The present study aims to draw a philosophical reflection on the movie Dogville, of Lars von Trier, in dialogue with contemporary analytic philosophers who considers some films as artifacts able to philosophize on their own terms. The research started with a summary of other interpretations of this film, which mainly examined specific aspects of it. However, after analysis, it was identified as central the ethical issue that when troubled through metalinguistic features and characteristics derived from the Brechtian theater, results in the meta-ethical outcome of the film. The central hypothesis of this study is that there is a meta-ethical reflection in Dogville which, if developed, can establish a meaning that unifies the movie. The film demands a lot of its viewers insofar as confronts them with its complexity and doesn‟t reveal its conclusions easily. The variety of interpretations the movie has is symptomatic. Significant analytical effort was made to find a meaning that articulates the film from beginning to end, saving yet its own ambiguity and openness. The film, as a work of art, discusses itself and the possibilities of its own medium (in this case, the filmic format). Dogville denies us a conclusion with an educational aspect, because it contains a critique of his own teaching strategies in his parable. The identification of a meaning to this critique points to the ineffectiveness of moral illustrations. There is also a metaphysic hypothesis towards the human inability to morally correct himself that is, nevertheless, nor confirmed or denied. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Curso de Filosofia: Bacharelado.
Coleções
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TCC Filosofia (104)
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