Consumo de fibras e estado nutricional de crianças atendidas na estratégia saúde da família em uma unidade básica de saúde de Porto Alegre
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Data
2013Autor
Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
INTRODUÇÃO: A obesidade infantil se destaca atualmente como um problema de saúde pública e está associada com inúmeros agravantes à saúde, em curto e longo prazo. Embora as variáveis que determinam a obesidade infantil tenham natureza recíproca e dinâmica, um aspecto do comportamento independentemente envolvido no risco de obesidade é o padrão alimentar. A contribuição das fibras à saúde humana tem sido evidenciada na literatura, porém o papel deste nutriente na prevenção e manejo da obesidade ...
INTRODUÇÃO: A obesidade infantil se destaca atualmente como um problema de saúde pública e está associada com inúmeros agravantes à saúde, em curto e longo prazo. Embora as variáveis que determinam a obesidade infantil tenham natureza recíproca e dinâmica, um aspecto do comportamento independentemente envolvido no risco de obesidade é o padrão alimentar. A contribuição das fibras à saúde humana tem sido evidenciada na literatura, porém o papel deste nutriente na prevenção e manejo da obesidade na população pediátrica carece de estudo. OBJETIVO: Estudar a relação entre o consumo de fibras e o estado nutricional de crianças atendidas pelas equipes da Estratégia de Saúde da Família em uma Unidade Básica de Saúde de Porto Alegre – RS. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, com 197 crianças de 2 a 10 anos de idade que compareceram a consultas médicas na UBS Santa Cecília entre setembro/2012 a julho/2013. A avaliação do estado nutricional foi feita a partir das variáveis antropométricas de peso e altura, com o cálculo dos índices e pontos de corte conforme preconizado pela OMS 2006. O consumo alimentar das crianças participantes foi estimado através de dois Inquéritos “Recordatório Alimentar de 24 horas” em dias não-consecutivos. RESULTADOS: A frequência de obesidade encontrada foi de 24,4%, sem diferenças entre os sexos e faixas etárias (dois a cinco anos de idade e seis a dez anos de idade). A média de ingestão de energia, proteínas, lipídeos, carboidratos e fibras foi similar entre as crianças não-obesas e entre as obesas. A média de adequação do consumo de fibras foi maior quando considerada a recomendação proposta pela AAP (aproximadamente 135%) do que quando considerado o parâmetro proposto pela IOM (aproximadamente 63%). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Embora a associação entre o consumo de fibras e o estado nutricional não tenha sido encontrada, este estudo mostra a discrepância entre os critérios da AAP e IOM de avaliação da qualidade da dieta infantil no que se refere à ingestão de fibras, o que reforça a necessidade de aperfeiçoar as recomendações propostas para o consumo de fibras na população pediátrica. Além disso, o baixo consumo de fibras apontado no estudo segundo as recomendações da IOM revela a importância de ações de promoção de saúde relacionadas à ingestão deste nutriente, em uma abordagem integrada ao conceito de alimentação saudável. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Curso de Nutrição.
Coleções
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TCC Nutrição (579)
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