Efeito de um sistema de resfriamento adiabatico evaporativo conduzido por ductos na performance de fêmeas suínas em lactação e suas leitegadas

Abstract

A manutenção de matrizes suínas fora da sua zona de conforto térmico durante a fase lactacional implica em prejuízos para as fêmeas e suas leitegadas. As fêmeas apresentam uma redução no consumo de ração e tem seu catabolismo lactacional acentuado, podendo ter reflexos negativos no seu desempenho reprodutivo subsequente. Além disso, há uma redução na produção de leite e desempenho dos leitões. O estresse térmico é um desafio para a espécie suína (devido sua dificuldade em dissipar calor) que tem como principal alternativa para perder calor em altas temperaturas o uso da respiração. Alternativas estruturais como sistemas de gotejamento, ventilação, pisos refrigerados e sistemas de refrigeração evaporativos adiabáticos tem sido utilizados na tentativa de amenizar o estresse térmico e reduzir as perdas ocasionadas pelo calor. O objetivo deste estudo foi comparar e avaliar a influência de um sistema tradicional de controle de temperatura (manejo de cortinas - sistema utilizado em granjas no Brasil), frente a um sistema de climatização com ar refrigerado conduzido sobre as fêmeas suínas na maternidade, avaliando os aspectos produtivos das fêmeas e de suas leitegadas. Foram pesadas, no pós-parto e ao desmame, 241 fêmeas para avaliar a porcentagem de perda de peso durante a lactação. Para avaliar o consumo voluntário de ração e o desempenho das leitegadas foram utilizadas 71 fêmeas (32 primiparas e 39 multiparas), sendo o controle de arraçoamento realizado a cada quatro dias e os leitões pesados após a uniformização e aos 18 dias de idade. Foi realizado diariamente o controle de temperatura retal de 24 fêmeas e o registro da temperatura externa. As fêmeas alojadas em salas convencionais perderam mais peso (5.3±0.9% e 2.2±0.9%, respectivamente; P<0.05), e consumiram menos ração (4.8±0.2 e 5.8±0.2 kg/dia, respectivamente; P<0.05) frente as alojadas em salas climatizadas, além de desmamarem leitegadas mais leves (60.7±1.4 e 65.3±1.4 kg, respectivamente; P<0.05). As primiparas alojadas em salas sem climatização apresentaram um intervalo desmame estro maior que as alojadas em salas com climatização (10.9±1.3 e 7.0±1.2 dias, respectivamente; P<0.05). Em conclusão, as fêmeas alojadas em sala climatizada apresentam um maior consumo de ração, menor catabolismo lactacional e desmamam leitões com maior peso que as fêmeas alojadas em sala sem climatização, e ainda há uma redução no intervalo desmame estro das primiparas.

Maintaining sows outside your comfort zone heat during the lactation implies losses for the sows and their litters. The sows show a reduction in feed intake and lactational catabolism has its sharp and may have negative effects on their subsequent reproductive performance. Furthermore, have a reduction in milk production and performance of piglets. Heat stress is a challenge for swine (due to their difficulty in dissipating heat) whose main alternative to lose heat at high temperatures using the breath. Structural alternatives such as drip systems, ventilation, chilled floors and adiabatic evaporative cooling systems have been used in attempts to reduce thermal stress and reduce losses caused by heat. The aim of this study was to compare and evaluate the influence of a traditional system of temperature control (management of curtains - system used on farms in Brazil), compared to an air conditioning system with air-cooled conducted on the sows in maternity, evaluating the productive aspects of females and their litters. Were weighed, postpartum and at weaning, 241 sows to assess the percentage of weight loss during lactation. To assess the voluntary feed intake and the performance of piglets were used 71 females (32 primiparous and 39 multiparous), and the control feeding performed every four days and the heavy piglets after standardization and 18 days of age. Was performed daily control of rectal temperature of 24 sows and external temperature record. Sows housed in conventional rooms lost more weight (5.3 ± 0.9% and 2.2 ± 0.9%, respectively, P <0.05), and higher feed intake (4.8 ± 0.2 and 5.8 ± 0.2 kg/day, respectively, P <0.05), forward housed in the air-conditioned rooms, plus lighter weaned piglets (60.7 ± 1.4 and 65.3 ± 1.4 kg, respectively, P <0:05). The primiparous housed in rooms without air conditioning had a range greater than the weaning-to-oestrus interval housed in rooms with climate control (10.9 ± 1.3 and 7.0 ± 1.2 days, respectively, P <0:05). In conclusion, sows housed under controlled temperature conditions have a higher feed intake, reduced catabolism lactation and weaned piglets with higher weight than sows housed in a room without air conditioning, and there is still a reduction in the interval weaning estrus of primiparous.