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dc.contributor.advisorRosenfield, Kathrin Holzermayr Lerrerpt_BR
dc.contributor.authorLudwig, Carlos Robertopt_BR
dc.date.accessioned2013-05-25T01:46:14Zpt_BR
dc.date.issued2013pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/71936pt_BR
dc.description.abstractEsta Tese de Doutorado tem por objetivo discutir a questão da mimesis da interioridade no Mercador de Veneza, de William Shakespeare. A pesquisa está embasada na obra Inwardness and Theater in the English Renaissance, de Maus (1995), e na obra Shakespeare Philosophy, de McGinn (2007), na crítica literária da peça. Maus apresenta a interioridade como um constructo social e cultural da Renascença Inglesa. Ela analisa a interioridade tomando como base a oposição entre aparências, consideradas falsas e enganosas na época, e interioridade, que era tida como manifestações sinceras e verdadeiras das dimensões interiores do indivíduo. Contudo, McGinn vai além da discussão de Maus sobre interioridade, ao perceber que Shakespeare representou as dimensões obscuras incontroláveis do indivíduo. Ele apresenta as forças misteriosas que controlam os pendores interiores das personagens. Além disso, a tese busca analisar a constelação de motivos e a retórica da interioridade que representam sentimentos interiores na peça de Shakespeare. Parte da hipótese de que a mimesis shakespeariana da interioridade é representada em sinais, sutis tais como os silêncios, os não-ditos, as rupturas de linguagem, gestos corporais, pathos, contradições de ideias e pensamentos, a consciência, vergonha e atos falhos. Ademais, a mimesis shakespeariana da interioridade é construída através do artifício do espelhamento que é a representação das dimensões interiores e os pendores da mente nos sentimentos, ideias, gestos, pensamentos, comportamento e atitude de outras personagens. Na verdade, Shakespeare não inventou a interioridade, mas aprofundou a representação da interioridade introduzindo traços inovadores na linguagem do drama. Este trabalho também discute o estranho desenvolvimento da crítica sobre a peça, apresentando que a crítica dos séculos XVIII e XIX lia Shylock como um herói trágico, ao passo que a crítica do século XX lia Shylock como um vilão cômico, provavelmente influenciada pelo antissemitismo da primeira metade do século. Essa pesquisa foca sobre a estranha relação entre Antonio e Bassanio, assim como sua relação com Shylock. Sua relação é representada como homoerótica e o desejo de um frívolo sacrifício de Antonio por Bassanio sugere a interioridade de Antonio. Shylock é também representado como o pai primordial da peça e esse detalhe sugere a causa da tristeza de Antonio no começo da peça. Analisa também o teste dos escrínios de Portia e demonstra seu desejo de defraudar o testamento de seu pai, tão logo ela pede que se toque uma canção que sugere em suas rimas o verdadeiro escrínio. Discute os problemas da consciência de Launcelot e da interioridade de Jessica. Analisa também a relação distante entre Jessica e Shylock, como também sua partida da casa de seu pai e roubo de seu dinheiro, como uma forma de afrontar o poder patriarcal. Centra-se também na cegueira de Shylock para com as intenções reais de sua filha. Interpreta a cena do julgamento de Shylock e como Portia forja um julgamento fraudulento, anulando o contrato de Shylock a tomando sua propriedade. Apresenta uma discussão sobre a mimesis shakespeariana de interioridade, com base nas considerações de Auerbach e Dubois, assim como discute o problema do gênero da peça, sugerindo que a peça não é uma mera comédia, mas uma tragicomédia.pt_BR
dc.description.abstractThis Doctorate thesis aims at discussing the issue of mimesis of inwardness in The Merchant of Venice, by William Shakespeare. This survey is based on Maus‘ Inwardness and Theater in the English Renaissance (1995), McGinn‘s work Shakespeare Philosophy (2007) and the literary criticism on the play. Maus presents inwardness as social and cultural construct of the English Renaissance. She analyses inwardness based on the opposition between appearances, considered false and deceitful in the age, and inwardness, which was taken as true and sincere manifestations of the inward dimensions of the self. However, McGinn goes beyond Maus‘ discussion on inwardness, perceiving that Shakespeare represented the uncontrolled obscure inward dimensions of the self. He presents the mysterious forces which control the characters‘ inward dispositions. Moreover, the thesis aims at analysing the constellation of motifs and the rhetoric of inwardness which represent inward feelings in Shakespeare‘s play. It parts from the hypothesis that Shakespearean mimesis of inwardness is represented in subtle signs such as silences, non-said, breaks in language, bodily gestures, pathos, contradictions in ideas and thoughts, conscience, shame, and verbal slips. Furthermore, Shakespeare‘s mimesis of inwardness is contructed through the mirroring device which is the representation of a character‘s inward dimensions and dispositions of the mind in other character‘s feelings, ideas, thoughts, gestures, behaviour and attitude. Actually, Shakespeare did not invent inwardness, but he deepened the representation of inwardness introducing innovating traits in language in the drama. This work also discusses the awkward development of the criticism on the play, presenting that the 18th and 19th century criticism read Shylock as a tragic hero, whereas 20th century criticism read Shylock as a comic villain probably influenced by anti-Semitism of the first half of the century. This research focuses on the awkward relationship between Antonio and Bassanio, as well as their relationship with Shylock. Their relation is depicted as homoerotic and Antonio‘s desire of a frivolous sacrifice for Bassanio suggests Antonio‘s inwardness. Shylock is also depicted as the primordial father of the play and such detail hints at the cause of Antonio‘s sadness in the beginning of the play. It analyses Portia‘s casket trial and demonstrates her desire of outwitting her father‘s will, as soon as she demands to play a song which suggests in its rhyme the true casket. It discusses the problems of conscience in Launcelot‘s and Jessica‘s inwardness. It also analyses the distant relationship between Jessica and Shylock, as well as her leaving her father‘s house and taking his wealth, as a way of affronting the patriarchal power. It focuses on Shylock‘s blindness towards his daughter‘s real intentions. It analyses the trial scene and how Portia forges a fraudulent trial, undoing Shylock‘s bond and taking his property. It presents a discussion on Shakespeare‘s mimesis of inwardness, based on Auerbach‘s and Dubois‘ assumptions, as well as discusses the problem of the genre of the play, suggesting that the play is not a mere comedy, but a tragicomedy.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoengpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectShakespeare‘s merchant of veniceen
dc.subjectShakespeare, William, 1564-1616. The merchant of Venicept_BR
dc.subjectMimesis of inwardnessen
dc.subjectLiteratura inglesapt_BR
dc.subjectDramapt_BR
dc.subjectMirroring deviceen
dc.subjectRhetoric of inwardnessen
dc.subjectCrítica literáriapt_BR
dc.subjectMímesispt_BR
dc.subjectConscienceen
dc.subjectTeatropt_BR
dc.subjectBreaks in languageen
dc.subjectLíngua inglesapt_BR
dc.subjectSilencesen
dc.subjectPathosen
dc.titleMimesis of inwardeness in Shakespeare's drama : The Merchant of Venicept_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb000879188pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Letraspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Letraspt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2013pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


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