Síntese de polímeros glicosilados e aplicação como componentes de nanopartículas para vetorização de fármacos
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Data
2010Autor
Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
Nanopartículas poliméricas carreadoras de fármaco são dispositivos capazes de atuar no controle da liberação, no aumento da eficácia e na redução da toxicidade de fármacos. As estratégias de vetorização ativa dessas partículas exploram os princípios baseados em receptores, nos quais ligantes de receptores específicos anexados ao carreador levam o fármaco a uma célula-alvo, onde é liberado. Dentre os tipos de ligantes que podem ser anexados ao carreador, destacam-se os carboidratos, os quais pos ...
Nanopartículas poliméricas carreadoras de fármaco são dispositivos capazes de atuar no controle da liberação, no aumento da eficácia e na redução da toxicidade de fármacos. As estratégias de vetorização ativa dessas partículas exploram os princípios baseados em receptores, nos quais ligantes de receptores específicos anexados ao carreador levam o fármaco a uma célula-alvo, onde é liberado. Dentre os tipos de ligantes que podem ser anexados ao carreador, destacam-se os carboidratos, os quais possuem afinidade a lectinas (receptores) presentes em diversas células/órgãos. Os resíduos de carboidrato podem ser ligados à cadeia polimérica que compõe a parede da nanopartícula ou que atua como estabilizadora da mesma. Sendo assim, o objetivo desta revisão é abordar as diferentes técnicas de polimerização utilizadas na síntese de glicopolímeros, além da possível aplicação destes materiais na vetorização ativa de nanopartículas. Os carboidratos mais utilizados na síntese de glicopolímeros são a galactose, que proporciona a vetorização das partículas aos hepatócitos, a manose que vetoriza para células apresentadoras de antígenos (APC) e o sialil Lewisx, que apresenta afinidade às lectinas presente em células endoteliais. A ligação entre o carboidrato e o polímero pode ser realizada através de duas formas: 1) funcionalização de um monômero com carboidrato e posterior polimerização ou 2) glicosilação pós-polimerização. No caso da primeira, a síntese pode ocorrer através da polimerização em cadeia, sendo o iniciador radicalar o mais utilizado. Contudo, este tipo de polimerização não proporciona glicopolímeros com massa molecular controlada, sendo utilizada quando este não é um pré-requisito. Já as polimerizações radicalares vivas são técnicas mais aprimoradas, que garantem um controle maior da estrutura final do polímero devido à quase extinção das reações de terminação. No caso da glicosilação do polímero pré-formado, pode-se utilizar reações “click”. Como os glicopolímeros, sintetizados através de diferentes técnicas, apresentam capacidade de auto-organização, podem ser utilizados como nanodispositivos para a entrega de fármacos. Também pelo seu caráter anfifílico podem ser utilizados como tensoativos de nanopartículas. Em ambos os casos existem carboidratos expostos na superfície, fazendo com que as nanopartículas possam ser vetorizadas a locais específicos do organismo, aonde se encontram os receptores destes carboidratos, aumentando a eficácia do fármaco e diminuindo a incidência de efeitos adversos. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Farmácia. Curso de Farmácia.
Coleções
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TCC Farmácia (701)
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