Fatores de risco para a fragilidade em idosos hospitalizados : contribuições para o diagnóstico de enfermagem "Risco para a Síndrome da Fragilidade no Idoso"
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Data
2012Autor
Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
INTRODUÇÃO: No Brasil, os dados do censo demográfico revelam o crescimento da população idosa sendo que os indivíduos com idade de 60 anos ou mais, são hoje, 10,8% da população. Sendo assim, constata-se o aumento da prevalência das enfermidades crônicas não transmissíveis e dos riscos para complicações especificas do idoso, as quais podem potencializar a ocorrência de incapacidade em idoso e propiciar o surgimento das chamadas síndromes geriátricas, destacando-se a Fragilidade. A SFI pode ser d ...
INTRODUÇÃO: No Brasil, os dados do censo demográfico revelam o crescimento da população idosa sendo que os indivíduos com idade de 60 anos ou mais, são hoje, 10,8% da população. Sendo assim, constata-se o aumento da prevalência das enfermidades crônicas não transmissíveis e dos riscos para complicações especificas do idoso, as quais podem potencializar a ocorrência de incapacidade em idoso e propiciar o surgimento das chamadas síndromes geriátricas, destacando-se a Fragilidade. A SFI pode ser definida como a presença de cinco fenótipos: perda de peso não intencional, auto-relato de fadiga, diminuição da força de preensão, redução das atividades físicas e diminuição na velocidade da marcha. OBJETIVO GERAL: Analisar os fatores de risco para a Síndrome da Fragilidade em idosos hospitalizados visando subsidiar a elaboração do DE “Risco para SFI”. Objetivos específicos: a) Caracterizar os perfis sócio-demográficos, morbidades preexistentes e de morbidades motivos de internação de idosos hospitalizados; b) Identificar os fatores contribuintes considerados de risco para a Síndrome da Fragilidade apresentados pelos idosos hospitalizados a partir dos perfis sóciodemográficos, de morbidades preexistentes e de morbidades motivos de internação com os níveis de fragilidade identificados por meio da aplicação da Escala de Fragilidade de Edmonton (EFE); c) Verificar a associação entre os níveis de fragilidade e os dados do perfil sócio demográfico, morbidades preexistentes e de morbidades motivos de internação de idosos hospitalizados. METODOLOGIA: abordagem quantitativa do tipo transversal descritiva. Coleta de dados: amostra de 395 idosos, identificados por conveniência, a partir dos prontuários nas unidades campo. Período: novembro de 2010 a novembro de 2011. Critérios de inclusão: idosos internados nas unidades campo do estudo com idade igual ou superior a 60 anos; com capacidade para deambular e manter diálogo adequado aos questionamentos durante a aplicação do questionário. Critérios de exclusão: pacientes em pós-operatório de cirurgia de prótese de quadril. Aspectos éticos: projeto principal entitulado “Fragilidade em idosos: evidências para o desenvolvimento dos diagnósticos de enfermagem “risco para Fragilidade no idoso” e “síndrome da Fragilidade no idoso” aprovado pela COMPESQ/EENF nº 005/2010 e CEP/HCPA nº100172. RESULTADOS: Evidencia-se que 62% (245) idosos da amostra estavam internados em unidades de internação cirúrgica e 38% (150) em clínica. Quanto aos níveis de SFI: 28,9% (114) dos sujeitos não apresentavam a SFI, 26,3% (104) estão aparentemente vulneráveis a SFI, 20,8% (82) tem fragilidade leve, 13,4% (53) apresentam fragilidade moderada e 10,6% (42) apresentam a síndrome em nível severo. Os dados do perfil sócio-demográfico, das morbidades preexistentes e morbidades motivos de internação com a presença da SFI, verificou-se associação estatisticamente significativa entre as variáveis: sexo feminino e o nível de Fragilidade moderada (p=0,031); “Fragilidade severa” e cor não branca (p=0,008); residir sem companheiro e os níveis de “Fragilidade moderada” e “Fragilidade severa” (p=0,014); “Fragilidade moderada” e o nível de escolaridade nenhum ano de estudo (p=0,001); “Fragilidade severa” tinham renda mensal de 1 a 2 salários mínimos, com p=0,034; “Fragilidade severa” com a presença de morbidades (p=0,009). Quanto às morbidades preexistentes associadas aos níveis de SFI, quais sejam: “Fragilidade moderada” e “Fragilidade severa” e as doenças do aparelho respiratório (p=0,003), “Aparentemente vulnerável à SFI” e doenças infecciosas e parasitárias (p=0,040) e “Fragilidade leve” com as doenças do sangue (p=0,052). Além disso, as morbidades que foram motivos de internação associadas aos níveis da SFI foram: “Vulnerável a SFI” e doenças do aparelho respiratório (p=0,001), “Ausência da SFI” e doenças do aparelho geniturinário (p=0,035) e “Fragilidade leve” e as doenças do sangue (p=0,035). CONCLUSÕES: Conclui-se que os fatores de risco para a SFI são: sexo feminino, cor não branca, residir sem companheiro, não ter religião, baixo nível de escolaridade, baixa renda (de 1 a 2 salários mínimos), presença de morbidades (doenças do aparelho respiratório, do sangue e algumas doenças infecciosas e parasitárias) e morbidades motivos de internação (doenças do aparelho respiratório, do sangue e geniturinário), o que configura o diagnóstico de enfermagem “Risco para SFI”. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Enfermagem. Curso de Enfermagem.
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TCC Enfermagem (1140)
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