Análise da frequência do polimorfismo (TG)m-Tn no gene CFTR em pacientes com fibrose cística clássica e atípica
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Data
2010Autor
Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
A Fibrose Cística (FC) é a doença autossômica recessiva mais comum em euro-descendentes, sendo causada por mutações no gene CFTR. A FC clássica se caracteriza pela presença de pelo menos uma mutação grave do gene CFTR, enquanto uma mutação branda em combinação com uma mutação grave ou outra mutação branda determinam casos de FC atípica. Além das mutações, genes modificadores e polimorfismos podem atuar parcialmente na penetrância fenotípica da doença. O polimorfismo (TG)m-Tn, localizado no íntr ...
A Fibrose Cística (FC) é a doença autossômica recessiva mais comum em euro-descendentes, sendo causada por mutações no gene CFTR. A FC clássica se caracteriza pela presença de pelo menos uma mutação grave do gene CFTR, enquanto uma mutação branda em combinação com uma mutação grave ou outra mutação branda determinam casos de FC atípica. Além das mutações, genes modificadores e polimorfismos podem atuar parcialmente na penetrância fenotípica da doença. O polimorfismo (TG)m-Tn, localizado no íntron 8, pode determinar a perda do éxon 9 durante a transcrição, resultando em uma proteína anormal. Três alelos comuns são conhecidos na região de politiminas (T5, T7 e T9), associados a repetições de 10 a 13 (TG)m localizadas imediatamente ajusante do lócus Tn. Um número menor de timinas associado com longas repetições (TG)m aumenta a proporção de perda do éxon 9. O objetivo deste trabalho foi avaliar o polimorfismo (TG)m-Tn em 125 pacientes com diagnóstico clínico de FC clássica e 29 pacientes com diagnóstico clínico de FC atípica, provenientes do Serviço de Pneumologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). O DNA dos pacientes foi extraído pela técnica de salting-out e quantificado por método fluorimétrico. A região polimórfica foi amplificada por PCR e submetida ao sequenciamento direto seguida por eletroforese capilar no analisador genético ABI3130xl (Applied Biosystems). Entre os pacientes com FC clássica, as frequências alélicas foram 0.008 para T5, 0.472 para T7 e 0.520 para T9. No grupo de pacientes com FC atípica, foram observados apenas os alelos T7 e T9, com frequências de 0.810 e 0.190, respectivamente. Nos grupos analisados, 10, 11 e 12 repetições TG foram observadas. Os alelos T5 encontrados nessa estavam associados com 11 repetições TG. Esse estudo permitiu determinar a frequência do polimorfismo (TG)m-Tn em pacientes com FC clássica e atípica do sul do Brasil. Estudo semelhante deve ser realizado com a população normal da mesma região para a comparação das frequências em ambos os grupos e para a melhor compreensão do alelo T5 na população normal e nos pacientes com FC. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Ciências Básicas da Saúde. Curso de Biomedicina.
Coleções
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TCC Biomedicina (277)
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