Ensino de história na educação para as infâncias : perspectivas participativas com crianças de 5 a 6 anos (POA-RS/2025)
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Data
2025Autor
Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
A presente pesquisa investiga a relação entre pedagogias participativas e a perspectiva da criança na produção do conhecimento histórico, de modo a problematizar o adultocentrismo na historiografia e na educação. A partir de uma perspectiva decolonial, discute como a criança deixou de ser vista como objeto passivo e passou a ser reconhecida enquanto sujeito social, com direitos garantidos, e histórico, produzindo cultura e se produzindo a partir dela. Propondo uma escuta atenta às múltiplas for ...
A presente pesquisa investiga a relação entre pedagogias participativas e a perspectiva da criança na produção do conhecimento histórico, de modo a problematizar o adultocentrismo na historiografia e na educação. A partir de uma perspectiva decolonial, discute como a criança deixou de ser vista como objeto passivo e passou a ser reconhecida enquanto sujeito social, com direitos garantidos, e histórico, produzindo cultura e se produzindo a partir dela. Propondo uma escuta atenta às múltiplas formas de expressão infantil (desenhos, brincadeiras, assembleias), que emergem das especificidades criativas e inventivas da infância, compreendendo-as como ações epistemológicas legítimas. Inspirada em teóricos como Walter Benjamin (história como experiência), Sônia Kramer (infância como presente), Loris Malaguzzi (As cem linguagens) e Paulo Freire (Infâncias Plurais) a pesquisa parte do entendimento de que a agência infantil não se restringe à autonomia individual, mas se constitui nas relações com o meio, os objetos e as narrativas, produzindo saberes que escapam à lógica verbal e escrita. Assim, mais do que receptoras de conhecimento, as crianças são, também e sobremodo, co-autoras da história, reinterpretando e ressignificando o mundo a partir de seu olhar e com linguagens próprias também. O estudo se ancora na experiência cotidiana com crianças de cinco anos em uma escola municipal de Porto Alegre, onde estratégias como espaços propositores, assembleias e narrativas visuais evidenciam essa potência agencial e criativa na construção da história, demonstrando que, mais que um método, as pedagogias participativas emergem aqui como um gesto político e ético, que reivindica a infância como potência transformadora do conhecimento e do mundo. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Curso de História: Licenciatura.
Coleções
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TCC História (835)
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