Fatores de risco à saúde dos funcionários de uma agência bancária e seus reflexos no desempenho profissional

Abstract

A reestruturação no setor bancário promoveu alterações nas condições e nas relações de trabalho, provocando mudanças no comportamento e na conduta do trabalhador, causando o seu adoecimento. Este estudo objetivou descrever os fatores de risco à saúde encontrados no ambiente de uma agência bancária, localizada no Vale do Taquari, interior do Rio Grande do Sul. A estratégia empregada para a pesquisa foi o estudo de caso, cujos dados foram obtidos a partir de um questionário autoaplicado, constituído por perguntas fechadas e abertas. Através de uma abordagem qualitativa, descreveu-se e analisou-se a relação entre os dados coletados e a teoria abordada, vinculando aos objetivos propostos neste estudo. Os resultados encontrados apontaram condições físicas satisfatórias no ambiente laboral, a presença de sintomas físicos e mentais indicadores de estresse, a falta da valorização do trabalho dos funcionários, fontes de pressão relevantes como o cumprimento de metas, a obrigação de vender e o excesso de trabalho. O principal ponto negativo levantado foi o clima organizacional conturbado. Constatou-se que a agência possui como única ação regular posta em prática, a ginástica laboral, que é praticada por poucos funcionários. Embora tenham sido detectados alguns fatores de risco à saúde, o desempenho profissional não foi afetado.