Pacing de nadadores master : identificação de padrões e comparações

Abstract

Na natação esportiva competitiva, se faz importante que os treinadores e atletas estejam familiarizados com pacing, para que sejam definidas estratégias durante o período de treinamento, a fim de utilizar toda a capacidade fisiológica dos atletas do início ao fim de uma prova. O presente estudo busca analisar o tipo de pacing utilizado por nadadores master, a fim de encontrar padrões e realizar comparações. Participaram do estudo quinze nadadores do sexo masculino treinados. Um teste máximo de 2 km em nado crawl foi realizado em piscina de 25 m. O tempo total, as parciais a cada trecho de 0,5km e os dados para cálculo das variáveis cinemáticas foram coletados com cronômetros manuais durante o teste. Foram calculadas médias, desvios-padrão e limites dos intervalos de confiança das médias. ANOVA para medidas repetidas foi aplicada para comparação das variáveis entre os trechos. Não foram encontradas diferenças entre os parciais de tempo a cada 0,5 km (respectivamente, do 1º ao 4º parcial: 457±48; 473±58; 481±55 e 459±60 s), porém com médio tamanho de efeito dos trechos sobre os parciais (F1,2; 16,8 = 1,82; p = 0,15; 2 = 0,11). Já para velocidade média de nado, o trecho 0 – 0,5 km apresentou maior valor (1,13±0,13 m/s) que os demais (respectivamente, do 2º ao 4º parcial:1,13±0,13; 1,01±0,12 e 1,04±0,14 m/s), que foram similares entre si (F3, 42 = 24,0; p < 0,001; 2 = 0,63). No decorrer de teste, a frequência de ciclos se manteve constante entre os trechos (F3, 42 = 2,53; p = 0,07; 2 = 0,15), com médio tamanho de efeito (respectivamente, do 1º ao 4º parcial: 28,4±3,8; 27,7±2,7; 26,9±3,2 e 28,1±3,4 ciclos/min), e a distância percorrida a cada ciclo foi maior no primeiro trecho (2,4±0,3 m) em comparação ao último trecho de 0,5 km (2,2±0,2 m) (F3, 42 = 6,18; p = 0,001; 2 = 0,30. Os nadadores adotaram a mesma estratégia de pacing, apresentando o formato parabólico em formato de U.

In competitive swimming, it is important for coaches and athletes to be familiar with pacing, so that strategies can be defined during the training period, to utilize the full physiological capacity of the athletes from the beginning to the end of a race. This study aims to analyze the type of pacing used by master swimmers, to find patterns and make comparisons. Fifteen trained male swimmers participated in the study. An all-out 2 km front crawl test was performed in a 25 m pool. The total time, the partial times for each 0.5 km splits, and the data for calculating the kinematic variables were collected with manual stopwatches during the test. Means, standard deviations and limits of the confidence intervals of the means were calculated. ANOVA for repeated measures was applied to compare the variables between the splits. No differences were found between the time splits every 0.5 km (respectively, from the 1st to the 4th split: 457±48; 473±58; 481±55 and 459±60 s), however with a medium size effect of the splits (F= 1.82; p = 0.15; 2 = 0.11). As for the average swimming speed, the 0 – 0.5 km split presented a higher value (1.13±0.13 m/s) than the others (respectively, from the 2nd to the 4th split: 1.13±0.13; 1.01±0.12 and 1.04±0.14 m/s), which were like each other (F = 24.0; p < 0.001; 2 = 0.63). During the test, the stroke rate remained constant between the segments (F3, 42 = 2.53; p = 0.07; 2 = 0.15), with a medium effect size (respectively, from the 1st to the 4th partial: 28.4±3.8; 27.7±2.7; 26.9±3.2 and 28.1±3.4 cycles/min), and the stroke length was higher in the first split (2.4±0.3 m) compared to the last 0.5 km split (2.2±0.2 m) (F = 6.18; p = 0.001; 2 = 0.30. The swimmers adopted the same pacing strategy, presenting the parabolic U-shaped format.