Duração do sono e compulsão alimentar em adultos jovens

Abstract

O objetivo deste estudo é investigar a relação entre duração do sono, índice de massa corporal (IMC), imprevisibilidade na infância e comportamentos de compulsão alimentar em adultos jovens. Participaram do estudo 347 pessoas, com idades entre 18 e 24 anos, todos com IMC regular (18,5-25kg/m²). Os dados foram coletados no projeto Health Young at Risk for Obesity (HYRO), aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Os participantes responderam aos instrumentos: Escala de Compulsão Alimentar (ECAP), Questionário de Cronotipo de Munique (MCTQ) e a Escala de Imprevisibilidade Familiar na Infância (EIFI). Foi realizada uma análise de regressão linear para identificar preditores de compulsão alimentar. Os principais achados indicam que sono insuficiente (<7 horas), maior IMC, gênero feminino e falta de cuidado e apoio durante a infância estão positivamente associados a maiores escores de compulsão alimentar. Mulheres apresentaram níveis significativamente mais altos de compulsão alimentar em comparação aos homens, apoiando evidências de vulnerabilidades de gênero relacionadas aos transtornos alimentares.

This study investigates the interplay between sleep duration, Body Mass Index (BMI), childhood unpredictability, and binge eating behaviors in young adults. The analysis is based on data from 347 participants aged 18 to 24, with normal BMI (18.5–25 kg/m²), collected as part of the Health Young at Risk for Obesity (HYRO), project approved by the Hospital de Clínicas de Porto Alegre Ethics Committee. The study employs validated instruments, including the Binge Eating Scale (BES), Munich Chronotype Questionnaire (MCTQ), and Family Unpredictability Scale in Childhood (EIFI). Regression analysis was performed to identify significant predictors of binge eating, assessed via the Binge Eating Scale (BES). Key findings indicate that insufficient sleep (<7 hours), higher BMI, female gender, and lack of nurturance during childhood are positively associated with higher binge eating scores. Women exhibited significantly higher levels of binge eating compared to men, supporting evidence of gendered vulnerabilities to eating disorders.