(Re)Existências : Repetição e Renascimento nos fragmentos da gravura

Abstract

Este trabalho nasce do encontro entre a arte, a memória e o ato de ensinar. A partir de vivências íntimas, marcadas por transformações afetivas e familiares, entrelaçam-se caminhos de formação acadêmica e humana. A gravura e a repetição, como gestos insistentes da criação, tornam-se modos de registrar e ressignificar lembranças, especialmente aquelas atravessadas pela dor e pela perda. Neste percurso, investigo como a arte pode ser abrigo, linguagem e cura tanto para quem ensina quanto para quem aprende. A docência em arte emerge, assim, como um espaço de escuta e expressão sensível, onde histórias de vida se entrelaçam e encontram lugar. Ao refletir sobre minha trajetória como licencianda e futura professora, busco compreender como a prática artística pode tocar os afetos, provocar sentidos e transformar a sala de aula em território de partilhas e reconstruções.

This study explores the intersection of art, memory, and teaching, examining printmaking and repetition as tools for recording and re-signifying affective experiences, especially those marked by pain and loss. Adopting an autoethnographic perspective that intertwines personal, academic, and human development experiences, this research seeks to understand how artistic practice can serve as refuge, language, and healing for both teachers and students. The findings suggest that art education emerges as a privileged space for sensitive listening and expression, capable of transforming the classroom into a territory of sharing and affective reconstruction. The study concludes that art holds significant transformative potential by touching emotions and evoking meaning, highlighting its relevance in both human and pedagogical development, particularly in contexts of grief.