Assentamentos informais e a espacialização dos riscos à saúde : um estudo da Região Metropolitana de Porto Alegre
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Data
2024Autor
Tipo
Outro título
Informal settlements and the spatialization of health risks : a study of the Metropolitan Region of Porto Alegre
Assunto
Resumo
A pandemia de covid-19 expôs de forma brutal a relação entre saúde, habitação e ambiente urbano no Brasil. Milhões de famílias não puderam aderir às recomendações da OMS devido à significativa falta de acesso à infraestrutura urbana e à crescente instabilidade no emprego e renda, evidenciando o aprofundamento das desigualdades socioespaciais durante a crise sanitária. Todos os municípios brasileiros, apesar de suas particularidades, enfrentam desafios urgentes associados ao ambiente urbano, com ...
A pandemia de covid-19 expôs de forma brutal a relação entre saúde, habitação e ambiente urbano no Brasil. Milhões de famílias não puderam aderir às recomendações da OMS devido à significativa falta de acesso à infraestrutura urbana e à crescente instabilidade no emprego e renda, evidenciando o aprofundamento das desigualdades socioespaciais durante a crise sanitária. Todos os municípios brasileiros, apesar de suas particularidades, enfrentam desafios urgentes associados ao ambiente urbano, como a persistente falta de acesso ao saneamento básico e a moradias adequadas. Essas condições precárias podem dramaticamente ampliar a transmissão de doenças infecciosas e parasitárias. Identificar essas vulnerabilidades em comunidades é crucial para ajudar na compreensão dos fatores que aumentam o risco de doenças. Este estudo espacializa os fatores de risco relacionados à carência de infraestrutura urbana e à exposição às doenças na Região Metropolitana de Porto Alegre, RS, (RMPA) lançando luz sobre a desigualdade socioespacial presente nos assentamentos informais urbanos. A Cartografia da Saúde foi utilizada como método revelador para mapear os riscos. As contribuições da pesquisa incluem o diagnóstico das características espaciais da RMPA que configuram risco para doenças infecciosas e parasitárias, a alarmante identificação da desigualdade socioespacial refletida nas taxas de letalidade em áreas com muitos assentamentos informais, e o uso original da Cartografia da Saúde para mapear os riscos no território metropolitano. O trabalho demonstra como a Cartografia da Saúde pode ser uma ferramenta essencial na identificação de áreas com maior risco de doenças, além de servir como base sólida para discussão de políticas interfederadas, à luz do Estatuto da Metrópole. ...
Abstract
COVID-19 brutally exposed the relationship between health, housing, and the urban environment in Brazil. Millions of families were unable to follow WHO recommendations due to the severe lack of access to urban infrastructure and growing job and income instability, highlighting the deepening of socio-spatial inequalities during the health crisis. All Brazilian municipalities, despite their particularities, face urgent challenges associated with the urban environment, such as the persistent lack ...
COVID-19 brutally exposed the relationship between health, housing, and the urban environment in Brazil. Millions of families were unable to follow WHO recommendations due to the severe lack of access to urban infrastructure and growing job and income instability, highlighting the deepening of socio-spatial inequalities during the health crisis. All Brazilian municipalities, despite their particularities, face urgent challenges associated with the urban environment, such as the persistent lack of access to basic sanitation and adequate housing. These precarious conditions can dramatically increase the transmission of infectious and parasitic diseases. Identifying these vulnerabilities in communities is crucial to understanding the factors that heighten disease risk. This study spatializes risk factors related to the lack of urban infrastructure and exposure to diseases in the Metropolitan Region of Porto Alegre, RS (RMPA), shedding light on the socio-spatial inequality present in informal urban settlements. Health Cartography was used as a revealing method to map these risks. The research's main contributions include the diagnosis of spatial characteristics in the RMPA that configure risk for infectious and parasitic diseases, the alarming identification of socio-spatial inequality reflected in mortality rates in areas with many informal settlements, and the original use of Health Cartography to map risks in the metropolitan territory. The work demonstrates how Health Cartography can be an essential tool in identifying areas with a higher risk of diseases, as well as serving as a solid basis for discussing inter-federated policies, in light of the Statute of the Metropolis. ...
Contido em
Colóquio (Taquara) : revista das Faculdades de Taquara. Vol. 21, n. 4 (out./dez. 2024), 26 p.
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