Racismo estrutural : uma análise documental do caso João Alberto Freitas

Abstract

Este trabalho analisa o racismo estrutural a partir de um conjunto de documentos jornalísticos que trataram sobre a morte de João Alberto Freitas, destacando a permanência deste racismo nas instituições sociais e sua manifestação em casos recentes de discriminação, como o assassinato de João Alberto Freitas em Porto Alegre, no ano de 2020. O objetivo principal foi coletar, organizar e analisar materiais jornalísticos que abordam este caso e suas implicações sociais. Refletiu-se sobre os padrões de discriminação racial e a importância das fontes arquivísticas/jornalísticas na promoção dos direitos civis e comparou-se reportagens de diferentes veículos sobre o evento. A metodologia envolveu a revisão de registros arquivísticos e de notícias publicadas entre os principais jornais e sites do Brasil e do mundo, permitindo uma análise contextualizada das narrativas sobre o racismo estrutural. O estudo destaca que a e os meios de comunicação são fundamentais para compreender a história do racismo e para a luta por reparações e justiça racial. Ao explorar a cobertura jornalística, o trabalho abordou a importância das fontes arquivísticas e a questão racial, promovendo uma discussão que vai além de atitudes individuais e estruturas sociais que perpetuam a desigualdade. Conclui-se que o estudo do racismo estrutural é essencial para o reconhecimento das injustiças históricas e para a promoção da conscientização e da inclusão social e que a divulgação desses documentos em contextos acadêmicos e públicos amplia o alcance da pesquisa e reforça o compromisso da Arquivologia com a justiça social e a inclusão.

This paper analyzes structural racism based on a set of journalistic documents that dealt with the death of João Alberto Freitas, highlighting the permanence of this racism in social institutions and its manifestation in recent cases of discrimination, such as the murder of João Alberto Freitas in Porto Alegre, in 2020. The main objective was to collect, organize and analyze journalistic materials that addressed this case and its social implications. The study reflected on the patterns of racial discrimination and the importance of archival/journalistic sources in the promotion of civil rights, and compared reports from different media outlets about the event. The methodology involved reviewing archival records and news published in the main newspapers and websites in Brazil and around the world, allowing a contextualized analysis of the narratives about structural racism. The study highlights that the media are fundamental to understanding the history of racism and to the fight for reparations and racial justice. By exploring journalistic coverage, the work addressed the importance of archival sources and the racial issue, promoting a discussion that goes beyond individual attitudes and social structures that perpetuate inequality. It is concluded that the study of structural racism is essential for the recognition of historical injustices and for the promotion of awareness and social inclusion, and that the dissemination of these documents in academic and public contexts broadens the scope of research and reinforces Archival Science's commitment to social justice and inclusion.