Atenção obstétrica para mulheres negras no Brasil : uma revisão integrativa
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Data
2025Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Assunto
Resumo
Trata-se de uma revisão integrativa, segundo Mendes, Silveira e Galvão, que teve como objetivo conhecer o que a literatura científica revela acerca da atenção obstétrica às mulheres negras no Brasil. Foram utilizadas as bases de dados Lilacs, Scielo, CINAHL, PubMed/Medline e BVS com recorte temporal de 2015 a 2024, nos idiomas português, inglês e espanhol e que respondessem à questão norteadora. Um total de 8 artigos foram incluídos nesta revisão, que evidenciaram que a sobreposição do racismo ...
Trata-se de uma revisão integrativa, segundo Mendes, Silveira e Galvão, que teve como objetivo conhecer o que a literatura científica revela acerca da atenção obstétrica às mulheres negras no Brasil. Foram utilizadas as bases de dados Lilacs, Scielo, CINAHL, PubMed/Medline e BVS com recorte temporal de 2015 a 2024, nos idiomas português, inglês e espanhol e que respondessem à questão norteadora. Um total de 8 artigos foram incluídos nesta revisão, que evidenciaram que a sobreposição do racismo e do sexismo coloca as mulheres negras em condição de vulnerabilidade e ampla desvantagem social; os profissionais de saúde são os principais agentes reprodutores do racismo institucional; a violência obstétrica afeta desproporcionalmente as mulheres negras, negando o acesso às mínimas intervenções necessárias; o pensamento racista de que mulheres negras são mais resistentes à dor faz com que recebam menos anestesia local. Mulheres negras têm maior risco de realizar um pré-natal inadequado, com número insuficiente de consultas. Além disso, realizam menos cesáreas em comparação com mulheres brancas e enfrentam maior probabilidade de complicações pós- cirúrgicas não tratadas quando submetidas ao procedimento. As taxas de óbitos maternos entre mulheres negras são cerca de 2,5 vezes maiores do que entre mulheres brancas. O Estado desempenha um papel central na perpetuação da desumanização da população negra. São implicações para a prática assistencial a revisão de protocolos sensíveis às especificidades das mulheres negras, além de capacitar os profissionais para combater o racismo institucional. É fundamental garantir um cuidado antirracista, acolhedor e equitativo, focado no acompanhamento adequado e na redução das desigualdades no pré-natal e parto. Este estudo apresenta limitações, como a escassez de pesquisas específicas sobre a saúde obstétrica de mulheres negras e a ausência de perspectivas subjetivas que capturem suas vivências no sistema de saúde. Sugere-se o desenvolvimento de pesquisas multiprofissionais e com desenho que permita a ampliação do olhar a esta população. ...
Resumen
Se trata de una revisión integrativa, según Mendes, Silveira y Galvão, cuyo objetivo fue conocer lo que la literatura científica revela sobre la atención obstétrica a las mujeres negras en Brasil. Se utilizaron las bases de datos Lilacs, Scielo, CINAHL, PubMed/Medline y BVS con un recorte temporal de 2015 a 2024, en los idiomas portugués, inglés y español, que respondieran a la pregunta orientadora. Un total de 8 artículos fueron incluidos en esta revisión, los cuales evidenciaron que la superp ...
Se trata de una revisión integrativa, según Mendes, Silveira y Galvão, cuyo objetivo fue conocer lo que la literatura científica revela sobre la atención obstétrica a las mujeres negras en Brasil. Se utilizaron las bases de datos Lilacs, Scielo, CINAHL, PubMed/Medline y BVS con un recorte temporal de 2015 a 2024, en los idiomas portugués, inglés y español, que respondieran a la pregunta orientadora. Un total de 8 artículos fueron incluidos en esta revisión, los cuales evidenciaron que la superposición del racismo y el sexismo coloca a las mujeres negras en una condición de vulnerabilidad y amplia desventaja social; los profesionales de salud son los principales agentes reproductores del racismo institucional; la violencia obstétrica afecta desproporcionadamente a las mujeres negras, negándoles el acceso a las mínimas intervenciones necesarias; el pensamiento racista de que las mujeres negras son más resistentes al dolor provoca que reciban menos anestesia local. Las mujeres negras tienen mayor riesgo de realizar un control prenatal inadecuado, con un número insuficiente de consultas. Además, se someten a menos cesáreas en comparación con las mujeres blancas y enfrentan una mayor probabilidad de complicaciones posquirúrgicas no tratadas cuando se someten al procedimiento. Las tasas de mortalidad materna entre las mujeres negras son aproximadamente 2,5 veces mayores que entre las mujeres blancas. El Estado desempeña un papel central en la perpetuación de la deshumanización de la población negra. Entre las implicaciones para la práctica asistencial se encuentra la revisión de protocolos sensibles a las especificidades de las mujeres negras, además de capacitar a los profesionales para combatir el racismo institucional. Es fundamental garantizar un cuidado antirracista, acogedor y equitativo, centrado en el seguimiento adecuado y en la reducción de las desigualdades en el control prenatal y el parto. Este estudio presenta limitaciones, como la escasez de investigaciones específicas sobre la salud obstétrica de las mujeres negras y la ausencia de perspectivas subjetivas que capturen sus vivencias en el sistema de salud. Se sugiere el desarrollo de investigaciones multiprofesionales y con un diseño que permita ampliar la comprensión sobre esta población. ...
Abstract
This is an integrative review, according to Mendes, Silveira, and Galvão, aimed at understanding what the scientific literature reveals about obstetric care for Black women in Brazil. The databases Lilacs, Scielo, CINAHL, PubMed/Medline, and BVS were used with a time frame from 2015 to 2024, in Portuguese, English, and Spanish, focusing on studies that addressed the guiding question. A total of eight articles were included in this review, which revealed that the intersection of racism and sexis ...
This is an integrative review, according to Mendes, Silveira, and Galvão, aimed at understanding what the scientific literature reveals about obstetric care for Black women in Brazil. The databases Lilacs, Scielo, CINAHL, PubMed/Medline, and BVS were used with a time frame from 2015 to 2024, in Portuguese, English, and Spanish, focusing on studies that addressed the guiding question. A total of eight articles were included in this review, which revealed that the intersection of racism and sexism places Black women in a condition of vulnerability and significant social disadvantage. Health professionals are identified as the primary agents reproducing institutional racism; obstetric violence disproportionately affects Black women, denying them access to the most basic necessary interventions. The racist belief that Black women are more resistant to pain leads to them receiving less local anesthesia. Black women are at greater risk of receiving inadequate prenatal care with an insufficient number of consultations. Furthermore, they undergo fewer cesarean sections compared to white women and face a higher likelihood of untreated postoperative complications when subjected to surgical procedures. Maternal mortality rates among Black women are approximately 2.5 times higher than those among white women. The State plays a central role in perpetuating the dehumanization of the Black population. Implications for care practice include revising protocols to be sensitive to the specificities of Black women and training professionals to combat institutional racism. It is crucial to ensure antiracist, welcoming, and equitable care, focused on proper follow-up and reducing inequalities in prenatal and childbirth care. This study presents limitations, such as the scarcity of specific research on the obstetric health of Black women and the lack of subjective perspectives capturing their experiences within the healthcare system. The development of multidisciplinary research with designs that broaden the understanding of this population is recommended. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Enfermagem. Curso de Enfermagem.
Coleções
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TCC Enfermagem (1164)
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