O novo regime climático e as dinâmicas migratórias no Litoral Norte do Rio Grande do Sul

Abstract

Este é um artigo que discorre sobre as mudanças climáticas a partir dos eventos extremos registrados no Rio Grande do Sul em maio de 2024: enxurradas, cheias, deslizamentos e a elevação do nível do lago Guaiba, que superou a histórica enchente de 1941. Refletimos desde a realidade do Litoral Norte, do ponto de vista dos impactos gerados pelos eventos extremos, mas principalmente, ponderando sobre o fato da região vir assumindo um papel de acolhimento do que podemos chamar refugiados climáticos. Metodologicamente, é um estudo exploratório, com base em revisão bibliográfica e documental. Concluímos defendendo que o Litoral Norte precisa estar preparado tanto para cuidar de sua população, de seus ecossistemas (ricos, frágeis e dinâmicos) quanto das massas populacionais que sistematicamente (no verão) ou excepcionalmente (eventos extremos) ocupam as cidades pequenas litorâneas, transformando-as em cidades médias.

This article aims to discuss climate change based on the extreme events recorded in Rio Grande do Sul in May 2024: floods, landslides, and the rise in the level of Lake Guaiba, which surpassed the historic flood of 1941. We reflect on the reality of the North Coast, from the standpoint of the impacts generated by extreme events, but mainly, considering the fact that the region has been assuming a role of welcoming what we can call climate refugees. Methodologically, it is an exploratory study, based on a bibliographic and documentary review. We conclude that the North Coast needs to be prepared to care for its population, its ecosystems (rich, fragile and dynamic) and the masses of people who systematically (in the summer) or exceptionally (extreme events) occupy small coastal cities, transforming them into medium-sized cities.

Este es un artículo que tiene como objetivo discutir el cambio climático a partir de los eventos extremos registrados en Rio Grande do Sul en mayo de 2024: inundaciones, inundaciones, deslizamientos de tierra y el aumento del nivel del lago Guaiba, que superó la histórica inundación de 1941. Reflexionamos desde la realidad de la Costa Norte, desde el punto de vista de los impactos generados por eventos extremos, pero principalmente, considerando que la región ha asumido el rol de acoger a lo que podemos llamar refugiados climáticos. Metodológicamente es un estudio exploratorio, basado en una revisión bibliográfica y documental. Concluimos argumentando que la Costa Norte necesita estar preparada tanto para cuidar de su población, de sus ecosistemas (ricos, frágiles y dinámicos) como de las masas de población que sistemáticamente (en verano) o excepcionalmente (eventos extremos) ocupan las pequeñas ciudades costeras. , transformándolos en las ciudades de tamaño medio.