Estudo das intrusões de diabásio associadas ao vulcanismo Serra Geral na região de Agudo-RS, com o uso do método de anisotropia de susceptibilidade magnética (ASM)
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Data
2024Autor
Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Graduação
Assunto
Resumo
A ocorrência de complexos de soleiras é comum em grandes províncias ígneas, como a Província Magmática Paraná-Etendeka que ocorre em grande parte do Brasil e subordinadamente na Argentina, Uruguai, Paraguai. Na sua porção brasileira, ela é definida, estratigraficamente, como Grupo Serra Geral, sendo composta principalmente por rochas vulcânicas básicas. Porém, a arquitetura interna dos depósitos vulcânicos e seu estilo eruptivo, bem como a localização de suas fontes ainda precisam de melhor det ...
A ocorrência de complexos de soleiras é comum em grandes províncias ígneas, como a Província Magmática Paraná-Etendeka que ocorre em grande parte do Brasil e subordinadamente na Argentina, Uruguai, Paraguai. Na sua porção brasileira, ela é definida, estratigraficamente, como Grupo Serra Geral, sendo composta principalmente por rochas vulcânicas básicas. Porém, a arquitetura interna dos depósitos vulcânicos e seu estilo eruptivo, bem como a localização de suas fontes ainda precisam de melhor detalhamento. Em uma tentativa de fornecer evidências para direções de fluxo em depósitos vulcânicos, a anisotropia de susceptibilidade magnética (ASM) surge como uma importante técnica geofísica de apoio. Este projeto consiste na aplicação de ASM em uma soleira de diabásio, localizada entre as cidades de Rio Pardo e Agudo, no Rio Grande do Sul, visando obter dados direcionais e mecanismo de colocação. Esse método utiliza da identificação da orientação preferencial dos minerais magnéticos, como a magnetita, durante a formação da rocha. A mineralogia magnética foi identificada utilizando as curvas de histerese e de aquisição de magnetização remanente isotérmica. A soleira, com direção preferencial NE-SW, é aflorante em uma série de locais, com espessuras métricas, geometria tabular e normalmente com disjunções colunares decimétricas. São intrusivas nas rochas sedimentares pertencentes as Formações Sanga do Cabral e Santa Maria. A rocha, classificada como diabásio, apresenta textura equigranular fina com plagioclásio ripiforme e clinopiroxênio prismático marcando a textura subofítica. Ademais, há cristais opacos de forma dispersa pela lâmina, de titanomagnetita/magnetita. A ordem de grandeza da susceptibilidade magnética é de 10⁻² SI, indicando a contribuição de minerais ferromagnéticos. Os resultados das curvas de histerese apontam minerais de baixa coercividade, como a magnetita. Os teores de TiO2 < 2%, obtidos através da geoquímica, caracterizam o magma como tipo baixo-Ti, junto a isso o padrão geral de empobrecimento contínuo de FeOt em razão do MgO, marca a mesma assinatura química da Formação Vale do Sol. ...
Abstract
The occurrence of sill complexes is common in large igneous provinces, such as the Paraná-Etendeka Magmatic Province, which spans much of Brazil and, to a lesser extent, Argentina, Uruguay, and Paraguay. In its Brazilian portion, it is stratigraphically defined as the Serra Geral Group, primarily composed of basic volcanic rocks. However, the internal architecture of the volcanic deposits, their eruptive style, and the location of their sources still require further detailing.In an attempt to p ...
The occurrence of sill complexes is common in large igneous provinces, such as the Paraná-Etendeka Magmatic Province, which spans much of Brazil and, to a lesser extent, Argentina, Uruguay, and Paraguay. In its Brazilian portion, it is stratigraphically defined as the Serra Geral Group, primarily composed of basic volcanic rocks. However, the internal architecture of the volcanic deposits, their eruptive style, and the location of their sources still require further detailing.In an attempt to provide evidence for flow directions in volcanic deposits, the anisotropy of magnetic susceptibility (AMS) emerges as an important supporting geophysical technique. This project involves the application of AMS in a diabase sill located between the cities of Rio Pardo and Agudo in Rio Grande do Sul, aiming to obtain directional data and emplacement mechanisms. This method relies on identifying the preferential orientation of magnetic minerals, such as magnetite, during the rock's formation. Magnetic mineralogy was identified using hysteresis and isothermal remanent magnetization acquisition curves.The sill, with a preferential NE-SW orientation, is exposed in several locations, featuring metric thicknesses, tabular geometry, and typically decimetric columnar jointing. It intrudes sedimentary rocks of the Sanga do Cabral and Santa Maria Formations. The rock, classified as diabase, exhibits a fine equigranular texture with lath-shaped plagioclase and prismatic clinopyroxene defining a subophitic texture. Additionally, there are scattered opaque crystals in thin sections, identified as titanomagnetite/magnetite. The order of magnitude of magnetic susceptibility is 10⁻² SI, indicating the contribution of ferromagnetic minerals. Hysteresis curve results suggest the presence of low- coercivity minerals, such as magnetite. TiO₂ contents of less than 2%, obtained through geochemical analysis, characterize the magma as low-Ti type. Moreover, the general trend of continuous FeOᵗ depletion relative to MgO reflects the same chemical signature as the Vale do Sol Formation. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Geociências. Curso de Geologia.
Coleções
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TCC Geologia (411)
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