Níveis populacionais, morfologia dos órgãos internos de reprodução e potencial reprodutivo de Tatochila autodice (Hübner, 1818) e Ascia monuste orseis (Latreille, 1819) (Lepidoptera : Pieridae)
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Data
1995Autor
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
O presente trabalho estudou as espécies Tatochila autodice (Hübner, 1818) e Ascia monuste orseis (Latreille, 1819) e teve como objetivos observar a dinâmica populacional, descrever os órgãos internos de reprodução e verificar indicadores do potencial reprodutivo. Foram realizadas amostragens aleatórias semanais em áreas de cultivo de couve manteiga (Brassica oleracea var, acephala), em dois locais, Faculdade de Agronomia/ UFRGS, Porto Alegre, RS e Estação Fitotécnica de Viamão, RS, no período d ...
O presente trabalho estudou as espécies Tatochila autodice (Hübner, 1818) e Ascia monuste orseis (Latreille, 1819) e teve como objetivos observar a dinâmica populacional, descrever os órgãos internos de reprodução e verificar indicadores do potencial reprodutivo. Foram realizadas amostragens aleatórias semanais em áreas de cultivo de couve manteiga (Brassica oleracea var, acephala), em dois locais, Faculdade de Agronomia/ UFRGS, Porto Alegre, RS e Estação Fitotécnica de Viamão, RS, no período de 26 de janeiro a 11 de junho de 1994. Eram registrados o número de indivíduos de cada espécie e sua posição na planta (folhas novas, intermediárias e senescentes) e na folha (base, meio e ápice e superfície da folha). A densidade das duas espécies foi sempre muito baixa nos dois locais de estudo; o número máximo de indivíduos de T. autodice por ocasião de amostragem foi de 15 e a presença de A. monuste orseis foi tão escassa e irregular que não foi possível a realização de análise numérica para esta espécie. Quanto à posição na planta e na folha, a maioria dos indivíduos de T. autodice foi encontrada em folhas intermediárias e, na área de cultivo da Faculdade de Agronomia, registraram-se preferências estatisticamente significativa (1) para oviposição no ápice das folhas e (2) das larvas pelo meio do limbo foliar. Foram descritos e ilustrados os órgãos internos de reprodução de machos e fêmeas das duas espécies, utilizando indivíduos virgens recém-emergidos, de primeira geração de criação em laboratório. Avaliações relativas ao potencial reprodutivo foram feitas em 3 grupos de fêmeas: I) fêmeas virgens recém-emergidas (FV); Il) fêmeas acasaladas mantidas com alimento (FACA) e III) fêmeas acasaladas mantidas sem alimento (FASA). FACAs e FASAs foram mantidas ao ar livre, aos casais, em gaiolas de tela de nylon contendo 2 plantas de couve manteiga como substrato de oviposição, até a morte, sendo em seguida dissecadas. FVs foram dissecadas logo após a emergência. T. autodice possui maior número de oócitos por ovaríolo e, consequentemente, por fêmea do que A. monuste orseis. A viabilidade dos ovos foi, respectivamente, de 41,8% e 42,8% para fêmeas com alimento e sem alimento de T. autodice e 39,1% e 39,6% para fêmeas com alimento e sem alimento de A monuste orseis. As fêmeas virgens de T. autodice têm comprimento dos ovariolos maior do que fêmeas de A, monuste orseis. Encontrou-se diferença significativa estatisticamente na largura da bura copulatrix de T. autodice entre fêmeas virgens e fêmeas fecundadas. Em A. monuste orseis não houve significância estatística nas dimensões da bursa copulatrix de fêmeas virgens e copuladas; porém, fêmeas copuladas apresentaram bursa copulatrix mais larga do que fêmeas virgens. Não foi verificada diferença na longevidade média entre adultos criados com e sem alimento, para ambos os sexos em ambas as espécies. A longevidade média ficou entre 6,6 e 8,2. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Biociências. Curso de Ciências Biológicas: Ênfase em Zoologia: Bacharelado.
Coleções
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TCC Ciências Biológicas (1353)
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