Avaliação da dosagem de ácidos biliares em pacientes com colestase gestacional no Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Abstract

Colestase gestacional é a doença hepática relacionada a gestação mais comum. O quadro clínico tipicamente inicia no segundo e terceiro trimestres da gestação e cursa com prurido generalizado associado a alteração de dosagem de ácidos biliares e, em parte dos casos, enzimas hepáticas. É reversível e costuma desaparecer dias após o término da gestação. Embora não seja associada a piora de desfechos maternos, está associada a desfechos fetais graves, como morte fetal intraútero, líquido amniótico meconial, trabalho de parto prematuro e aumento da mortalidade perinatal. A dosagem de ácidos biliares, além de contribuir para o diagnóstico correto da doença, também está associada com o risco de desfechos adversos fetais. No Hospital de Clínicas de Porto Alegre, este exame encontra-se disponível, porém com tempo para resultado demasiadamente longo, de forma em que não é possível basear condutas e tratamentos na sua dosagem. O objetivo do estudo é avaliar todas as pacientes com diagnóstico de colestase gestacional do Hospital de Clínicas de Porto Alegre nas quais foi solicitada a dosagem de ácidos biliares, como forma de avaliar a prevalência da alteração deste exame em paciente com diagnóstico presumido de colestase gestacional e a correlação com desfechos fetais. Além disso, procura-se estimar padrões de custo e tempo para estes resultados.