Avaliação do impacto dos protocolos baseados em pediatria na leucemia linfoblástica aguda em uma população adulta no Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Fecha
2024Nivel académico
Especialización
Materia
Resumo
Introdução e justificativa: A leucemia linfoblástica aguda é mais comum em crianças, com um segundo pico de incidência acima dos 60 anos e melhores taxas de cura na faixa etária pediátrica em relação aos adultos. Por muito tempo o protocolo HyperCVAD foi considerado o standard no tratamento dos pacientes adultos, entretanto, na última década, os protocolos inspirados na pediatria estão ganhando espaço no tratamento desta população. Por isso, temos como objetivo principal avaliar o impacto desta ...
Introdução e justificativa: A leucemia linfoblástica aguda é mais comum em crianças, com um segundo pico de incidência acima dos 60 anos e melhores taxas de cura na faixa etária pediátrica em relação aos adultos. Por muito tempo o protocolo HyperCVAD foi considerado o standard no tratamento dos pacientes adultos, entretanto, na última década, os protocolos inspirados na pediatria estão ganhando espaço no tratamento desta população. Por isso, temos como objetivo principal avaliar o impacto desta mudança em nossa instituição. Metodologia: Foi realizado um estudo retrospectivo, com a análise de prontuários de pacientes acima de 16 anos tratados em primeira linha para LLA no período de 2010 a 2020. Resultados: 56 pacientes foram avaliados. 31 (55,3%) eram do sexo masculino, com mediana de idade no diagnóstico de 29,5 anos (IIQ 19,2-48,5). 26 pacientes receberam o protocolo standard HyperCVAD, com mediana de idade ao diagnóstico de 46 anos (IIQ 30-56 anos) e 30 foram tratados com protocolos inspirados na pediatria e apresentaram idade mediana de 20 anos (IIQ 18-34 anos). A mediana de sobrevida global em toda a população estudada foi de 55% em 2 anos, com mediana de 25 meses (IIQ 11-66); sendo 23 meses (IIQ 11-35) no grupo standard e 39 meses (IIQ 12-76) nos protocolos inspirados na pediatria. 28 pacientes tiveram recaída da doença, 14 por grupo de tratamento, (53% do grupo standard e 46% dos PIP). A mediana global de tempo para progressão da doença foi de 20 meses (IIQ 11-29), com 15 meses (IIQ 12-24) no primeiro grupo e 28 meses (11-38) no segundo. O menor tempo para a recaída nos pacientes que receberam o HyperCVAD foi estatisticamente significativo (p 0,019) com impacto na sobrevida. Conclusão: Apesar do aumento da sobrevida global e do tempo livre de progressão com a terapia inspirada na pediatria nos últimos anos, a LLA no adulto continua a ser uma doença de mau prognóstico. Os resultados deste estudo corroboram com as evidências mundiais e estimulam a utilização de abordagens baseadas na pediatria para adolescentes e adultos em primeira linha de tratamento. ...
Institución
Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Curso de Programa de Residência Médica em Hematologia e Hemoterapia.
Colecciones
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Ciencias de la Salud (1492)
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