O maravilhoso anacrônico de Walmor Corrêa e André Thevet : singularidades assimiladas na fauna e na flora brasileiras
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Data
2023Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Assunto
Resumo
O presente trabalho busca estabelecer uma relação entre as gravuras do frei André Thevet (séc. XVI) e os trabalhos do artista brasileiro contemporâneo Walmor Corrêa (1961), sob o ponto de vista do anacronismo histórico, tal como ele é proposto por Georges Didi-Huberman em suas pesquisas relacionadas às imagens. O recorte aplicado refere-se ao imaginário europeu acerca dos territórios conquistados nos quinhentos e às lendas e mitos que envolviam o pensamento colonialista a respeito da construção ...
O presente trabalho busca estabelecer uma relação entre as gravuras do frei André Thevet (séc. XVI) e os trabalhos do artista brasileiro contemporâneo Walmor Corrêa (1961), sob o ponto de vista do anacronismo histórico, tal como ele é proposto por Georges Didi-Huberman em suas pesquisas relacionadas às imagens. O recorte aplicado refere-se ao imaginário europeu acerca dos territórios conquistados nos quinhentos e às lendas e mitos que envolviam o pensamento colonialista a respeito da construção do mundo. Utilizam-se os registros das figuras presentes nos livros de Thevet, em que seres estranhos aparecem como habitantes das terras longínquas, mais precisamente da França Antártica, tal como o religioso descreveria em Singularidades da França Antártica, a que outros chamam de América (1557) e A cosmografia universal de André Thevet: cosmógrafo do rei (1575), e a poética desenvolvida contemporaneamente por Walmor Corrêa, que retrata em suas obras o folclore brasileiro de modo anatomicamente detalhado. De um lado, o extraordinário trazido em gravuras de relato de viagem por um dos primeiros colonizadores; de outro, o fantástico dos ditos populares traduzido em forma de arte. Assim, serão analisadas as obras criadas por estes artistas-pesquisadores, que, apesar de separados por meio milênio de existência, parecem conversar entre si, a partir de um olhar anacrônico como representação real de universos interpretados por eles. ...
Abstract
The present work seeks to establish a relationship between the engravings of Friar André Thevet (16th century) and the works of the contemporary Brazilian artist Walmor Corrêa (1961), from the point of view of historical anachronism, as proposed by Georges Didi-Huberman in his research related to images. The applied cut refers to the European imaginary about the territories conquered in the 1500s and the legends and myths that involved the colonialist thought about the construction of the world ...
The present work seeks to establish a relationship between the engravings of Friar André Thevet (16th century) and the works of the contemporary Brazilian artist Walmor Corrêa (1961), from the point of view of historical anachronism, as proposed by Georges Didi-Huberman in his research related to images. The applied cut refers to the European imaginary about the territories conquered in the 1500s and the legends and myths that involved the colonialist thought about the construction of the world. Records of figures present in Thevet's books are used, in which strange beings appear as inhabitants of distant lands, more precisely of Antarctic France, such as the religious would describe in Singularities of Antarctic France, what others call America (1557) and The universal cosmography of André Thevet: cosmographer of the king (1575), and the poetics developed contemporaneously by Walmor Corrêa, who portrays Brazilian folklore in anatomically detailed manner in his works. On the one hand, the extraordinary brought in travel report engravings by the first settlers; on the other, the fantastic of popular sayings translated into the form of art. Thus, the works created by these artist-researchers will be analyzed, which, despite being separated by half a millennium of existence, seem to talk to each other, from an anachronistic perspective as a real representation of universes interpreted by them. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Artes. Curso de História da Arte: Bacharelado.
Coleções
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TCC Artes Visuais (660)
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