O processamento morfológico de sufixos derivacionais e modificadores : uma análise de -eiro e -inho
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Data
2021Tipo
Assunto
Resumo
Este artigo trata do processamento morfológico de sufixos rotulados como derivacionais — aqueles capazes de alterar características morfossintáticas da base e, portanto, núcleos da estrutura complexa (ex. -eiro) — e de sufixos modificadores, representados pelos avaliativos — que mantêm características morfossintáticas da base (ex. -inho), conforme Villalva (1994, 2000). Partindo do pressuposto de que há decomposição de unidades morfologicamente complexas em unidades menores no processamento de ...
Este artigo trata do processamento morfológico de sufixos rotulados como derivacionais — aqueles capazes de alterar características morfossintáticas da base e, portanto, núcleos da estrutura complexa (ex. -eiro) — e de sufixos modificadores, representados pelos avaliativos — que mantêm características morfossintáticas da base (ex. -inho), conforme Villalva (1994, 2000). Partindo do pressuposto de que há decomposição de unidades morfologicamente complexas em unidades menores no processamento de dados linguísticos no português (GARCIA, 2009; PINTO, 2017), nosso objetivo é verificar se as duas classificações apresentadas para os sufixos demandam diferentes custos de processamento. Para isso, desenvolvemos três experimentos: uma Tarefa de Associação de Palavras (TAP), uma Tarefa de Decisão Lexical (TDL) e uma Tarefa de Decisão Lexical com Priming (TDLP), as quais são compostas por estímulos formados pelos sufixos -eiro e -inho. De modo geral, os participantes da TAP demonstraram ter conhecimento dos itens linguísticos testados e atribuíram a eles, predominantemente, associações de cunho morfológico ou semântico. Em ambas as tarefas envolvendo decisão lexical (TDL e TDLP), estímulos formados por -inho apresentaram menores índices de acurácia e tempos de reação relativamente maiores, mas sem significância estatística em comparação aos formados por -eiro. Esse resultado parece sugerir, considerando-se o recorte experimental assumido, que a categoria funcional do afixo não exerce papel no processamento das palavras em análise. ...
Abstract
This paper deals with the morphological processing of Brazilian Portuguese affixes, in particular derivational suffixes — those capable of altering morphosyntactic characteristics of the base and, therefore, heads of the complex structure (ex. -eiro) — and modifier suffixes, represented by evaluative suffixes — those that maintain morphosyntactic characteristics of the base (ex. -inho), according to Villalva (1994, 2000). Assuming that the processing of morphologically complex Portuguese units ...
This paper deals with the morphological processing of Brazilian Portuguese affixes, in particular derivational suffixes — those capable of altering morphosyntactic characteristics of the base and, therefore, heads of the complex structure (ex. -eiro) — and modifier suffixes, represented by evaluative suffixes — those that maintain morphosyntactic characteristics of the base (ex. -inho), according to Villalva (1994, 2000). Assuming that the processing of morphologically complex Portuguese units may involve their decomposition into smaller units (GARCIA, 2009; PINTO, 2017), our objective is to verify whether the two categories presented for the suffixes have different processing costs. For this purpose, we developed three experiments: a Word Association Task (WAT), a Lexical Decision Task (LDT) and a Lexical Decision Task with Priming effect (LDTP), which are composed of stimuli with the suffixes -eiro and -inho. In general, the participants of WAT demonstrated to have knowledge about the linguistic items and attributed to them, predominantly, associations of a morphological or semantic nature. In both tasks involving lexical decision (LDT and LDTP), stimuli formed by -inho showed lower accuracy rates and relatively longer reaction times, but without statistical significance in comparison to those formed by -eiro. This result suggests, considering the assumed experimental outline, that the affix functional category does not play a role in the processing of the words under analysis. ...
Contido em
Revista letras. Curitiba, PR. N. 103 (jan./jun. 2021), p. [172]-192
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