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dc.contributor.advisorGrevet, Eugenio Horáciopt_BR
dc.contributor.authorBotti, Francisco Grendenept_BR
dc.date.accessioned2023-04-27T03:31:53Zpt_BR
dc.date.issued2021pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/257532pt_BR
dc.description.abstractO diagnóstico do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) em adultos é frequentemente baseado em entrevista clínica suplementada, geralmente, por informações obtidas por meio de escalas de autoavaliação, testes neuropsicológicos e informações de terceiros. Apesar de ser recomendado pelos manuais diagnósticos, obter informação colateral pode demandar tempo e acarretar custos desnecessários, principalmente porque sua validade ainda não foi confirmada. Neste estudo, nosso objetivo é testar a validade diagnóstica incremental da utilização de informação de terceiros sobre a presença de sintomas de TDAH em pacientes adultos avaliados em uma clínica especializada. Foi coletada informação de colaterais de 572 adultos diagnosticados com TDAH em uma clínica especializada. A partir dos dados fornecidos pelos familiares, foi elaborado um índice de concordância entre pacientes e informantes em relação a sintomas atuais, e os pacientes foram classificados como tendo informantes que: 1) reportaram menos sintomas que os próprios pacientes, 2) que concordaram com os pacientes, e 3) informantes que reportaram mais sintomas que os pacientes. Os grupos foram testados em relação a correspondências e diferenças de características demográficas, comorbidades, perfil neuropsicológico, resposta ao tratamento e persistência do diagnóstico após seguimento de 7 anos. Também foram testados escores de riscos poligênicos (PRS) para TDAH, transtornos psiquiátricos que compartilham variáveis genéticas comuns de risco e para escores poligênicos de características clínicas associadas com o TDAH. Foi observado que aproximadamente 80% dos informantes concordaram ou referem mais sintomas que os pacientes. Colaterais reportam mais sintomas atuais do que pacientes com frequência significativamente maior em pacientes do sexo masculino e com um menor nível educacional. Entretanto, estes pacientes apresentavam PRS para TDAH maiores que os pacientes que concordavam com seus colaterais. Aqueles pacientes, com informantes que reportaram menos sintomas que eles próprios, apresentaram níveis significativamente maiores de sintomas detectados pelos clínicos, maior prejuízo autorreferido, melhor desempenho nos testes neuropsicológicos e maior persistência do diagnóstico de TDAH após 7 anos de seguimento. Além disso, estes pacientes apresentaram maiores PRS para transtorno do espectro autista e escores poligênicos associados a melhores níveis de escolaridade. Nossos resultados demonstraram que obter informação colateral pode ser válido para detectar pacientes que subestimam seus sintomas, já que estes, como grupo, apresentam maiores escores de risco poligênico para TDAH. Este fenômeno pode ser entendido como um viés positivo de autoavaliação (positive illusory bias), onde os indivíduos com TDAH tendem a superestimar suas capacidades. Dessa forma, a obtenção de informação colateral sobre sintomas atuais para corroborar o diagnóstico clínico de TDAH em adultos parece em grande parte redundante. Porém, em uma parcela significativa desta população com problemas de autoavaliação ela pode ser válida.pt_BR
dc.description.abstractThe diagnosis of attention deficit hyperactivity disorder (ADHD) in adults is based on a clinical interview supplemented, usually with information obtained through self-assessment scales, neuropsychological tests, and information from third parties. Although diagnostic manuals are recommended, obtaining collateral information can be time-consuming and entail unnecessary costs, mainly because its validity has not yet been confirmed. In this study, our objective is to assess the incremental diagnostic validity of the use of third-party information on the presence of ADHD symptoms in adult patients evaluated in a specialized clinic. Complementary information was collected from 572 adults diagnosed with ADHD in a specialized clinic. Based on the data provided by family members, a concordance index was developed between patients and informants regarding current symptoms, and patients were classified as informants who: 1) reported fewer symptoms than the patients themselves, 2) who agreed with the patients, and 3) informants who reported more symptoms than patients. The groups were tested for coincidences and differences in demographic characteristics, comorbidities, neuropsychological profile, treatment response, and diagnosis persistence after a 7-year follow-up. In addition, polygenic risk scores (PRS) for ADHD, psychiatric disorders that share common genetic risk, and polygenic scores for clinical features associated with ADHD were evaluated. It was observed that 80% of the informants agreed with patients or overreported symptoms. Collaterals reported more current symptoms more frequently in males and patients with a lower educational level. This group of patients had a higher PRS for ADHD than patients who agreed with their collaterals on current symptoms. Those patients who had informants reporting fewer symptoms than themselves, showed significantly higher symptoms detected by the physician, greater self-reported impairment, better performance on neuropsychological tests, and greater persistence of the ADHD diagnosis after seven years of follow-up. Furthermore, these patients had higher PRS for autism spectrum disorder and polygenic scores to intelligence and achieved higher levels of education. Our results show that obtaining collateral information can be valid to detect patients who underestimate their symptoms since this group had higher polygenic risk scores for ADHD. This phenomenon can be understood as positive illusory bias, where people with ADHD tend to overestimate their abilities. Therefore, obtaining collateral information about current symptoms to support the clinical diagnosis of ADHD in adults appears largely redundant; in a significant portion of this population with self-awareness problems, it may be valid.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectADHD in adultsen
dc.subjectTranstorno do déficit de atenção com hiperatividadept_BR
dc.subjectAdultopt_BR
dc.subjectThird party informationen
dc.subjectInformant reporten
dc.subjectSinais e sintomaspt_BR
dc.subjectCollateral informationen
dc.subjectCurrent symptomsen
dc.subjectPolygenic scoresen
dc.titleA relevância clínica do relato discrepante de terceiros sobre sintomas atuais de TDAH de pacientes adultospt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001166580pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Medicinapt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Psiquiatria e Ciências do Comportamentopt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2021pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


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