Aspectos epidemiológicos e clínicos dos acidentes com rodenticidas de uso legal e ilegal em cães e gatos atendidos pelo Centro de Informações Toxicológicas do Rio Grande do Sul (CIT-RS) : 2015 a 2019
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Data
2020Autor
Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Assunto
Resumo
As intoxicações por rodenticidas são comuns na clínica de pequenos animais e são consideradas emergências no atendimento de cães e gatos. Devido à importância do tema e à frequência com que ocorrem no Rio Grande do Sul, esse estudo teve como objetivo abordar os aspectos epidemiológicos e clínicos desses acidentes em cães e gatos nesse estado, bem como estabelecer a frequência de ocorrência entre 2015 a 2019. Foram revisados os protocolos de atendimentos clínicos de cães e gatos realizados pelo ...
As intoxicações por rodenticidas são comuns na clínica de pequenos animais e são consideradas emergências no atendimento de cães e gatos. Devido à importância do tema e à frequência com que ocorrem no Rio Grande do Sul, esse estudo teve como objetivo abordar os aspectos epidemiológicos e clínicos desses acidentes em cães e gatos nesse estado, bem como estabelecer a frequência de ocorrência entre 2015 a 2019. Foram revisados os protocolos de atendimentos clínicos de cães e gatos realizados pelo Centro de Informações Toxicológicas do Rio Grande do Sul (CIT-RS) com diagnóstico de intoxicação por rodenticidas no período. Foram compilados os dados relacionados à frequência dos acidentes, assim como informações referentes à epidemiologia e à clínica de cada caso, contabilizando um total de 282 registros de atendimentos, sendo 265 em cães e 17 em gatos. Dos protocolos de atendimento em cães que informaram o sexo (n=246), 54,5% corresponderam a fêmeas e 45,5%, a machos. Em relação à idade dos cães acometidos (n=199), animais com faixa etária entre um a 14 anos foram afetados, porém a maior concentração dos casos ocorreu entre 0 a 2 anos [106/199 (53,3%)]. Em gatos, dos protocolos que informaram o sexo (n=15), 53,3% corresponderam a machos e 46,6% a fêmeas. Em relação à idade dos gatos (n=14), houve uma variação da faixa etária de um a oito anos, com maior concentração dos casos entre 0 a 2 anos de idade [13/14 (93%)]. A maioria dos atendimentos em cães e gatos ocorreu na zona urbana (97,5%) e os principais compostos envolvidos nas intoxicações foram os rodenticidas anticoagulantes (90,4%), sendo representados por: brodifacum (63,1%), bromadiolona (24,3%), difetialona (9,8%), cumatetralil (1,5%), varfarina (0,8%) e flocumafeno (0,4%). As principais manifestações clínicas dessas intoxicações foram distúrbios hemorrágicos. Outros agentes envolvidos em menor número incluíram: estricnina (6%), carbamato aldicarb (chumbinho) (3,2%) e ácido monofluoracético (0,3%), cujas manifestações clínicas cursaram, principalmente, com sinais neurológicos. Espera-se, a partir dos dados obtidos, auxiliar clínicos veterinários na suspeita e no diagnóstico de intoxicações por rodenticidas em cães e gatos. ...
Abstract
Rodenticide poisoning is common in the small animal clinic, and it is a common cause of emergency clinical care in dogs and cats. Due to the importance of this subject and frequency of occurrence in Rio Grande do Sul state, Brazil, this study aimed to characterize the epidemiological and clinical aspects of rodenticide poisonings in dogs and cats in this state, as well as to establish the frequency of occurrence. The protocols of clinical care for dogs and cats performed by the Toxicological In ...
Rodenticide poisoning is common in the small animal clinic, and it is a common cause of emergency clinical care in dogs and cats. Due to the importance of this subject and frequency of occurrence in Rio Grande do Sul state, Brazil, this study aimed to characterize the epidemiological and clinical aspects of rodenticide poisonings in dogs and cats in this state, as well as to establish the frequency of occurrence. The protocols of clinical care for dogs and cats performed by the Toxicological Information Center of Rio Grande do Sul (CIT-RS) with diagnosis of poisoning by rodenticides, between 2015 and 2019, were reviewed. We obtained data related to the frequency of poisonings and information on the epidemiological and clinical aspects of each case. There were 282 attendance records, of which 265 were in dogs and 17 in cats. Of the protocols in dogs in which the sex was reported (n = 246), 54.5% corresponded to females while 45.5% to males. Age of the affected dogs was provided in x% of the cases (n = 199), with an age range of one to 14 years-old and a higher concentration of cases between 1 to 2 years of age (53.3%). In cats, x% of the protocols reported the sex of the animal (n = 15), in which 53.3% correspond to males and 46.6% to females. Moreover, age was provided in most of these cases (n = 14), with an age range between one to 8 years-old, and a higher concentration of cases between 1 to 2 years of age (93%). The majority of cases occurred in the urban area (97.5%) and the main compounds involved in poisonings were anticoagulant rodenticides (90.4%), such as: brodifacoum (63.1%), bromadiolone (24.3%), difethialone (9.8%), coumatetralyl (1.5 %), warfarin (0.8%) and flocoumafen (0.4%). The main clinical manifestations of these intoxications were associated with hemorrhagic disorders. Other rodenticides identified included: strychnine (6%), aldicarb carbamate (“chumbinho”) (3.2%) and sodium fluoroacetate (0.3%), leading to clinical manifestations of mainly neurological signs. It is expected, from the data obtained, to assist veterinary clinicians in the suspicion and diagnosis of poisoning by rodenticides in dogs and cats. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Veterinária. Curso de Medicina Veterinária.
Coleções
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TCC Medicina Veterinária (975)
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