Ande de skate como uma garota: uma análise das campanhas publicitárias com a skatista Rayssa Leal no ano de 2021

Abstract

Este trabalho busca analisar as formas de representação do skate feminino na publicidade por meio das peças “Realize Tudo Que Você Imagina em 2022”, do Banco do Brasil, “Sonhar Te Faz Gigante”, da HStern, e “Novas Fadas | Vai no Novo”, da Nike SB. Todas foram produzidas no ano de 2021 e protagonizadas pela skatista Rayssa Leal. Para contextualizar o tema, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre a história do skate no Brasil e os movimentos feministas, o que possibilitou perceber a forma como as skatistas constroem os seus lugares nesse universo. O plano teórico é composto por estudos sobre a construção de identidade de gênero e de sexualidade e as representações sociais na publicidade. Após, é utilizado o método de Análise de Conteúdo para uma análise crítica a partir do referencial teórico, juntamente ao que propõe a femvertising − movimento feminista consolidado a partir do ativismo digital. Como resultado, pôde-se evidenciar tensionamentos e negociações das possibilidades de representação feminina com a hegemonia masculina heterossexual. À vista disso, também se identifica alguns campos que permanecem sem avançar, contemplados por práticas que alimentam certos padrões hegemônicos e reforçam os estereótipos das representações em sua construção social e histórica.

This paper seeks to analyze the forms of representations of female skateboarding in advertising through the campaigns “Realize Tudo Que Você Imagina em 2022”, from Banco do Brasil; “Sonhar Te Faz Gigante”, from HStern and “Novas Fadas | Vai no Novo”, from Nike SB. All produced in the year 2021, featuring skateboarder Rayssa Leal. In order to contextualize the subject, a bibliographical review was carried out on the history of skateboarding in Brazil and the feminist movements, whereit was possible to observe how skateboarders build their places in this universe. The theory is composed of studies on the construction of gender identity and sexuality and social representations in advertising. Then, a content analysis method was used for a critical analysis based on the theoretical framework, along with what femvertising - a feminist movement consolidated from digital activism - proposes. As a result, negotiations and stressing of the possibilities of female representations with heterosexual male hegemony could be evidenced. In view of this, the presente paper has also identified fields that remain unadvanced, contemplated by practices that feed certain hegemonic patterns and reinforce the stereotypes of the representations in their social and historical construction.