Avaliação do parâmetro Índice de Granulócitos Imaturos como critério de revisão microscópica na rotina laboratorial
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Data
2020Autor
Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
Introdução: A presença de formas imaturas da linhagem granulocítica é conhecida como desvio à esquerda (DE). A maioria dos analisadores hematológicos não quantificam essas células, identificando-as através da emissão de alarmes para que o analista realize a revisão microscópica da lâmina. Um dos alarmes que estão associados à esta condição é o Índice de Imaturidade Granulocítica (IG%), que identifica a presença de pro-mielócitos, mielócitos e metamielócitos, para o qual não há consenso entre os ...
Introdução: A presença de formas imaturas da linhagem granulocítica é conhecida como desvio à esquerda (DE). A maioria dos analisadores hematológicos não quantificam essas células, identificando-as através da emissão de alarmes para que o analista realize a revisão microscópica da lâmina. Um dos alarmes que estão associados à esta condição é o Índice de Imaturidade Granulocítica (IG%), que identifica a presença de pro-mielócitos, mielócitos e metamielócitos, para o qual não há consenso entre os laboratórios em relação ao ponto de corte necessário para a revisão microscópica, gerando um grande número de lâminas desnecessariamente analisadas na rotina. Objetivos: Avaliar a concordância entre a emissão de alarmes de IG% pelo equipamento Sysmex XN com a presença de DE na análise microscópica, visando estabelecer um ponto de corte ideal como critério para revisão de lâminas. Metodologia: Foram avaliados resultados de 225 hemogramas com emissão de alarme de IG% pelo equipamento Sysmex XN maior que 1%, os quais foram submetidos à revisão microscópica por dois analisadores independentes e o diferencial de leucócitos encontrado foi utilizado para comparação com a automação. Resultados: Observou-se uma correlação interoperador muito boa para a contagem de leucócitos normais (k=0,940), assim como para os granulócitos imaturos (k=0,840). O mesmo foi observado para a correlação entre a avaliação microscópica manual e a automação considerando somente os leucócitos normais (k=0,833). Entretanto, observou-se uma correlação fraca (k=0,282) entre a presença de granulócitos imaturos obtidos pela avaliação manual com o alarme de IG% emitido pelo equipamento considerando como ponto de corte 1%. Baseado na análise da Curva ROC, o ponto de corte ideal para o alarme IG% seria de 1,8%. Conclusão: Observou-se que, conforme já indicado pelo fabricante, o alarme IG% apresenta elevada sensibilidade, porém especificidade limitada para a identificação de granulócitos imaturos. A utilização do ponto de corte de 1,8% geraria uma taxa de resultados falso-negativos de aproximadamente 35%. Sugere-se a mudança do ponto de corte de 1,0% para 1,2%, o que diminuiria a presença de resultados falso-positivos sem prejudicar a qualidade das análises realizadas, evitando revisões de lâminas desnecessárias na rotina do serviço. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Farmácia. Curso de Farmácia.
Coleções
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TCC Farmácia (677)
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