Dos aprisionamentos sociais à esperança de liberdade: uma leitura dos primeiros romances de Cassandra Rios e Thalita Coelho

Abstract

Este trabalho objetiva analisar duas obras nacionais de autoras que se declaram lésbicas abertamente frente a sociedade e refletir como as personagens são construídas levando em consideração o cenário histórico em que foram escritas. Buscamos obras e biografias para chegar na definição dos primeiros romances escrito por ambas as autoras, uma em 1948, a outra em 2020. Percebemos que esse grande hiato de tempo mostra claramente a diferença na imagem social que se faz de uma mulher lésbica, assim, compreendemos que esse meio tempo serviu para ganhar direitos civis na esfera social e assegurar maior acessibilidade de pessoas LGBT em espaços que antes lhes eram relegados, a exemplo da literatura. Assim, afetou a própria literatura produzida, uma vez que a primeira está mais enraizada nas questões pertinentes à década de 40 do século passado e a segunda se abre para um campo ficcional mais criativo. Essa historicidade de escritos serve para refletir em cima das questões da nossa sociedade, para festejar o que já foi conquistado e para almejar novas libertações.

Este trabajo tiene como objetivo analizar dos obras nacionales de autoras que se declaran abiertamente lesbianas frente a la sociedad y reflexionar sobre cómo se construyen los personajes teniendo en cuenta el escenario histórico en el que fueron escritos. Buscamos obras y biografías para llegar a la definición de las primeras novelas escritas por ambas autoras, una en 1948, la otra en 2020. Nos damos cuenta que este gran lapso de tiempo muestra claramente la diferencia en la imagen social que se hace de una lesbiana, por tanto, entendemos que este tiempo sirvió para conquistar derechos civiles en el ámbito social y garantizar una mayor accesibilidad de las personas LGBT en espacios que antes no les eran tan accesibles, como la literatura. Además de afectar a la propia literatura, ya que la primera se arraiga más en temas propios de los años 40 del siglo pasado y la segunda se abre a un campo ficcional más creativo. Esta historicidad de los escritos sirve para reflexionar sobre los problemas de nuestra sociedad, para celebrar lo ya conquistado y para apuntar a nuevas conquistas.