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dc.contributor.advisorDuncan, Bruce Bartholowpt_BR
dc.contributor.authorDartora, William Jonespt_BR
dc.date.accessioned2022-12-08T05:03:07Zpt_BR
dc.date.issued2022pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/252534pt_BR
dc.description.abstractIntrodução: A pandemia de COVID-19 e seu enfrentamento afetou as pessoas com diabetes, limitando o acesso aos serviços de saúde, restringindo um estilo de vida saudável e comprometendo o bem-estar emocional. Objetivo: Descrever o bem-estar emocional, acesso ao serviço de saúde e mudanças comportamentais em brasileiros de meia-idade e idosos com diabetes ocasionados no primeiro ano da pandemia. Métodos: Realizamos um estudo longitudinal em 1.082 participantes com diabetes em comparação com 4222 sem diabetes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). Avaliamos sintomas de depressão, ansiedade e estresse com a Escala de Análise de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS-21), composta por 21 itens, cada um com quatro categorias de resposta, que permitem caracterizar o nível de sintomas de cada condição como normal, leve, moderado, grave ou extremamente grave. Indagamos sobre dificuldades específicas em acesso aos cuidados de saúde. Comparamos os comportamentos relatados sobre atividade física, sono, consumo de álcool e tabagismo antes da pandemia (2017-2019) com os relatados entre julho de 2020 a fevereiro de 2021. As mudanças observadas entre os com diabetes foram também comparadas com as verificadas em participantes sem diabetes. Resultados: Os participantes com diabetes, em comparação aqueles sem diabetes em avaliações ajustadas, tiveram uma maior chance de relatar sintomas de ansiedade (RC = 1,28; IC95%: 1,04 – 1,57). Além disso relataram mais estresse durante a pandemia, (RC=1.28; IC95%: 1,05 – 1,56). Os participantes com diabetes, em relação aos sem diabetes reportaram ter maior dificuldade em marcar consultas médicas (RC = 1,32, IC95%: 1,00 – 1,75), de receber medicamentos (RC = 2,28; IC95%: 1,60 – 3,25), em marcação de procedimentos programados (RC = 1,65; IC95%: 1,06 – 2,56), e em cancelamento de cirurgias prévias (RC = 2,46; IC95%: 1,42 – 4,25). Comparando-se com o período pré-pandemia, participantes com diabetes aumentaram em 1,4 horas (IC95%: 0,8 – 2,3) o tempo sentado ou reclinado, acompanhado por aumento de 1,3 horas (IC95%: 1,0 – 1,6) de tempo em frente às telas. Os participantes relataram também redução na sua atividade física em 270 MET-min/semana. Houve pouca mudança nos demais comportamentos de interesse. O consumo de álcool sofreu redução, 19.6g de álcool por semana em em pessoas com diabetes em comparação aos sem diabetes; o hábito de fumar e as horas dormidas em média não apresentaram grandes mudanças. Em relação à mudança de peso, 33,6% dos participantes informaram ter tido ganho de peso durante a pandemia e uma percentagem quase igual, 36,1%, informaram ter perdido peso no mesmo período. Conclusão: Durante a pandemia, pessoas com diabetes sofreram mais de ansiedade e estresse do que pessoas sem diabetes. Em parte, isso poderia ser explicado pela dificuldade no acesso aos serviços de saúde e notavelmente na aquisição de medicamentos. A pandemia e o isolamento social que ocasionou também associou-se um maior tempo sentado ou reclinado e em frente às telas e a menor atividade física. No seu conjunto, esses achados contribuem para compreender os efeitos da pandemia nesse perfil de indivíduos que requerem cuidados crônicos, gerando subsídios para o planejamento futuro em em momentos de emergências em saúde pública.pt_BR
dc.description.abstractIntroduction: The COVID-19 pandemic and its confrontation affects people with diabetes, limiting access to health services, restricting a healthy lifestyle and compromising emotional well-being. Objective: To describe emotional well-being, access to health services and behavioral changes in middle-aged and elderly Brazilians with diabetes in the first year of the pandemic. Methods: We performed a study in 1,082 participants with diabetes compared to 4,222 without diabetes from the Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil). We evaluated symptoms of depression, anxiety and stress with the Depression, Anxiety and Stress Analysis Scale (DASS-21), composed of 21 items, each with four response categories, which allow characterizing the level of symptoms of each condition as normal, mild, moderate, severe or extremely severe. We compared reported behaviors regarding physical activity, sleep, alcohol consumption and smoking before the pandemic (2017-2019) with those reported between July 2020 to February 2021. The observed changes in those with diabetes were also compared with those seen in participants without diabetes. Results: Participants with diabetes, compared to those without diabetes in adjusted assessments, were more likely to report anxiety symptoms (OR = 1.28; 95%CI: 1.04 – 1.57). In addition, they reported more stress during the pandemic (OR=1.28; 95%CI: 1.05 – 1.56). Participants with diabetes, compared to those without diabetes,, reported having greater difficulty in scheduling medical appointments (OR = 1.32, 95%CI: 1.00 – 1.75), in receiving medication (OR = 2, 28; 95%CI: 1.60 – 3.25), in scheduling scheduled procedures (OR = 1.65; 95%CI: 1.06 – 2.56), and in canceling previous surgeries (OR = 2.46 ; 95%CI: 1.42 - 4.25). Compared to the pre-pandemic period, participants with diabetes increased sitting or reclining time by 1.4 hours (95%CI: 0.8 – 2.3). This was accompanied by an increase of 1.3 hours (95%CI: 1 .0 – 1.6) of time in front of screens. Participants also reported a reduction in their physical activity by 270 MET-min/week. There was little change in the other behaviors of interest. Alcohol consumption was reduced by 19.6g of alcohol per week in people with diabetes compared to those without diabetes; smoking habits and average hours of sleep did not show great changes. With respect to weight, 33.6% of participants reported having gained weight during the pandemic and an almost equal percentage, 36.1%, reported having lost weight in the same period. Conclusion: During the pandemic, people with diabetes suffered more from anxiety and stress than those without diabetes. In part, this could be explained by the difficulty in accessing health services and notably in the acquisition of medicines. The pandemic and the social isolation it caused was associated with more time spent sitting or reclining and in front of screens, and less physical activity. Altogether, these findings contribute to understanding the effects of the pandemic on this profile of individuals who require chronic care, generating subsidies for future planning in times of public health emergencies.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectSaúde mentalpt_BR
dc.subjectAcesso aos serviços de saúdept_BR
dc.subjectEstilo de vidapt_BR
dc.subjectPandemiaspt_BR
dc.subjectCOVID-19pt_BR
dc.subjectDiabetes mellituspt_BR
dc.titleSaúde mental, acesso ao serviço de saúde e mudanças em hábitos de vida durante a pandemia de COVID-19 em participantes com diabetes : Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (ELSA-Brasil)pt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb001154385pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Medicinapt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Epidemiologiapt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2022pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


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