Associação do consumo de alimentos ultraprocessados com alterações cardiometabólicas em adolescentes brasileiros
Fecha
2022Tutor
Nivel académico
Maestría
Tipo
Materia
Resumo
Introdução: A mudança do estilo de vida dos brasileiros nas últimas décadas está associada ao aumento da prevalência das doenças cardiometabólicas (DCM), principalmente pela mudança no padrão alimentar. Objetivo: Avaliar a associação do consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) com marcadores de risco cardiometabólico em adolescentes brasileiros. Métodos: A amostra foi composta por adolescentes de 12 a 17 estudantes de escolas públicas e privadas de todo o Brasil, participantes do Estudo de R ...
Introdução: A mudança do estilo de vida dos brasileiros nas últimas décadas está associada ao aumento da prevalência das doenças cardiometabólicas (DCM), principalmente pela mudança no padrão alimentar. Objetivo: Avaliar a associação do consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) com marcadores de risco cardiometabólico em adolescentes brasileiros. Métodos: A amostra foi composta por adolescentes de 12 a 17 estudantes de escolas públicas e privadas de todo o Brasil, participantes do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA) entre 2013 e 2014. O consumo alimentar foi avaliado por meio de um recordatório alimentar de 24 horas e a classificação NOVA foi utilizada para avaliar o grau de processamento dos alimentos. A avaliação antropométrica, assim como da alimentação, foi realizada por pesquisadores treinados. Apenas alunos do turno da manhã, devido à necessidade de jejum, realizaram a coleta de sangue para avaliação dos parâmetros bioquímicos. Modelos de regressão de Poisson foram utilizados para avaliar a associação de AUP com fatores de risco cardiometabólicos. Resultados: No total, 36.952 adolescentes participaram do estudo. O consumo calórico médio proveniente de AUP foi de 30,7% ao dia. Maior consumo de AUP foi observado entre adolescentes do sexo feminino e com idade entre 15 e 17 anos. Os adolescentes que mais consumiam AUP apresentaram maior risco de ter LDL-c alterado (RP = 1,012; IC95% 1,005 – 1,029), apesar de apresentarem uma relação inversa com o HDL-c baixo (RP = 0,972; IC95% 0,952 – 0,993). Não foram observadas associações com os demais fatores de risco cardiometabólicos investigados. Conclusão: O consumo elevado de AUP parece impactar o perfil lipídico de adolescentes, especialmente as frações LDL-c e HDL-c. ...
Abstract
Introduction: The changes in the life-style of population in Brazil during the last decades were associated with increases in the cardiometabolic diseases (CMD), mostly by changes in diet pattern. Diet is an important modificable risk factor to reduce CMD prevalence, specially between young people. Objective: To evaluate the association between consumption of ultraprocessed food (UPF) and cardiometabolic markers in Brazilian adolescents. Methods: The data was composed by adolescents with 12-17 ...
Introduction: The changes in the life-style of population in Brazil during the last decades were associated with increases in the cardiometabolic diseases (CMD), mostly by changes in diet pattern. Diet is an important modificable risk factor to reduce CMD prevalence, specially between young people. Objective: To evaluate the association between consumption of ultraprocessed food (UPF) and cardiometabolic markers in Brazilian adolescents. Methods: The data was composed by adolescents with 12-17 years old, students from public and private schools in Brazil, enrolled in the Study of Cardiovascular Risks in Adolescents (ERICA) in 2013-2014. Information about food consumption was collected using 24-hour dietary record and UPF were categorized by NOVA classification. Anthropometric measures and food consumption were collected by trained researchers. Fasting blood samples was needed, thus just morning shift students were included in the analysis. Poisson regression models were used to assess the association of UPF with cardiometabolic risk factors. Results: Overall, 36.952 adolescents were included. The average of energy intake from UPF was 30.7% per day. The Higher intake of UPF was observed in girls and those with 15-17 years old. Adolescents with higher consumption of UPF showed an increased prevalence ratios (PR) for high LDL-c (PR = 1.012; 95%IC 1.005 – 1.029), even though showing an inverse relationship with low HDL-c (PR = 0.972; 95%IC 0.952 – 0.993). No associations were observed with others cardiometabolic risk factors. Conclusion: The high consumption of UPF was associated with lipid profile among adolescents, especially the LDL-c and HDL-c fractions. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Cardiologia e Ciências Cardiovasculares.
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Ciencias de la Salud (9085)
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