O jogo reinventando modos de existir : espontaneidade, infância e brincar com gênero
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Data
2022Autor
Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
A proposta deste escrito parte da experiência de estágio com grupos de crianças em um Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) em uma Associação de Moradores de um bairro da periferia de Porto Alegre. A partir de questões observadas no estágio em psicodrama se busca estudar a Infância e o brincar como potência para deslocar e ressignificar os estereótipos e essencializações de gênero que limitam o poder da Infância, conceito de Renato Noguera (2019). A concepção de Infância é ...
A proposta deste escrito parte da experiência de estágio com grupos de crianças em um Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) em uma Associação de Moradores de um bairro da periferia de Porto Alegre. A partir de questões observadas no estágio em psicodrama se busca estudar a Infância e o brincar como potência para deslocar e ressignificar os estereótipos e essencializações de gênero que limitam o poder da Infância, conceito de Renato Noguera (2019). A concepção de Infância é articulada com a noção de espontaneidade, conceito vital da teoria moreniana que fundamenta as práticas psicodramáticas. A metodologia é embasada na simplicidade da política do narrar, que se utiliza da ficção como estratégia expressiva que enseja um brincar, para tensionar, deslocar e problematizar nossas práticas e estudos (Costa, 2020): ficcionar aqui é assumir um estado de infância a brincar com nossos modos de narrar o mundo para nós mesmes. Ao longo do trabalho utilizo do meu encontro com minhas memórias e experiências de brincar, além de também brincar ficcionalmente a partir de vivências em grupos de psicodrama: a memória dos meus brincares serve de campo de afetações a partir do qual experimento a construção dos conceitos aqui trabalhados. Tal experimentação poético-ficcional na qual minha infância e minha prática profissional se encontram, serve para evocar e provocar afetos de modo a problematizar a prática psicodramática em seu encontro com nossos jogos de construção e prescrição das performações de gênero: se trata de brincar com os dispositivos teóricos e com nossa experiência de gênero de modo a facilitar uma potência de Infância capaz de questioná-los e reinventá-los. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Psicologia. Curso de Psicologia.
Coleções
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TCC Psicologia (447)
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