Políticas deficiêntes, pessoas públicas : uma autoetnografia "brocada"

Abstract

Este trabalho é resultado de um processo de autoetnografia realizado a partir da experiencia da minha vivência como graduanda em Ciências Sociais PcD (pessoa com deficiência). A autoetnografia me oferece suas formas para habitar de modo reflexiva e criticamente neste nicho acadêmico, e me permite, a partir dela criar outras ferramentas a servir de subversão de uma estrutura normativa acadêmica. Dessa maneira, venho lançar alguns dos meus conhecimentos envolvidos com as minhas emoções em uma atitude autorreflexiva. Por meio da perspectiva analítica e teórica adotada (pressupostos inspirados pelo conceito da biopolítica, bem como da influência dos estudos da área da antropologia da deficiência), discuto não só as políticas públicas de inclusão na Universidade do Rio Grande do Sul, mas também coloco em debate algumas contribuições para o desenvolvimento da etnografia e da antropologia da deficiência.

This work is the result of a process of self-ethnography carried out from the experience of my experience as a graduate student in Social Sciences PcD (person with disabilities). Autoetnography offers me its ways to inhabit reflexively and critically in this academic niche, as it also allows me to create other tools from it to serve as a subversion of an academic normative structure. In this way, I come to launch some of my knowledge involved with my emotions in a self-reflective attitude. Through the analytical and theoretical perspective adopted (assumptions inspired by the concept of biopolitics, as well as conceptions of the influence of studies in the field of anthropology of disability), I discuss not only the public policies about inclusion at the University of Rio Grande do Sul, but also address some contributions to the development of the ethnography and anthropology of disability.