Etnoecologia, pesca e ecologia trófica da pescada Plagioscion squamosissimus em dois rios de águas claras na Amazônia Brasileira
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Data
2020Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
O estudo dos níveis tróficos podem revelar indícios do papel ecológico das espécies nas comunidades e auxiliar na avaliação dos impactos da pesca sobre as estruturas tróficas. A pescada (Plagioscion squamosissimus) é considerada um dos principais peixes pescados na Amazônia. O conhecimento ecológico local (CEL) é baseado em informações sobre ecologia dos peixes disponibilizadas pelos pescadores. O presente estudo tem como objetivos: 1) estimar e comparar a abundância no ambiente e a importância ...
O estudo dos níveis tróficos podem revelar indícios do papel ecológico das espécies nas comunidades e auxiliar na avaliação dos impactos da pesca sobre as estruturas tróficas. A pescada (Plagioscion squamosissimus) é considerada um dos principais peixes pescados na Amazônia. O conhecimento ecológico local (CEL) é baseado em informações sobre ecologia dos peixes disponibilizadas pelos pescadores. O presente estudo tem como objetivos: 1) estimar e comparar a abundância no ambiente e a importância para a pesca da pescada entre dois rios de água clara na Amazônia brasileira (Tocantins e Tapajós); 2) comparar dois métodos para estimar o nível trófico da pescada utilizando analise de isótopos estáveis (AIE) e o CEL; 3) construir um diagrama de interação da pescada com suas presas e predadores, com base no CEL. As entrevistas foram realizadas em 2018 em sete comunidades no Rio Tapajós (61 entrevistas) e em outubro de 2018 em quatro comunidades no Rio Tocantins (33 entrevistas). A abundância da pescada não apresentou diferença entre os dois rios. A pescada foi mais citada pelos pescadores no rio Tapajós do que no rio Tocantins. Não verificamos correlação entre a abundância da pescada e a sua importância para pesca nos dois rios. Os níveis tróficos estimados para a pescada através da AIE foram (Tapajós: 3,81, Tocantins: 3,55) e através do CEL (Tapajós: 3,62, Tocantins: 3,55). Os itens alimentares da pescada segundo o CEL corroboram com os apresentados pela literatura biológica. Os pescadores identificaram 18 tipos de predadores para pescada. Nossos resultados indicam que o CEL dos pescadores pode contribuir para estimativas de dieta dos peixes explorados pela pesca e análise de nível trófico. Concluímos que a pescada é relativamente abundante e resiliente à pressão pesqueira, podendo ser uma espécie chave para o manejo de recursos pesqueiros na Amazônia. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Biociências. Curso de Ciências Biológicas: Bacharelado.
Coleções
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TCC Ciências Biológicas (1353)
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