Fatores demográficos e comportamentais determinantes para o desenvolvimento de alterações posturais em escolares

Abstract

INTRODUÇÃO: O ambiente escolar demanda muitas vezes a adoção de posturas inadequadas ou por tempo prolongado. Especula-se que hábitos inadequados estejam associados com alterações posturais. OBJETIVO: Identificar quais os aspectos demográficos e hábitos comportamentais são fatores determinantes para o desenvolvimento de alterações posturais estáticas no plano sagital de escolares do Rio Grande do Sul. METODOLOGIA: Foram avaliados 323 escolares pelo questionário BackPEI e feita a avaliação postural por fotogrametria no DIPA©. Os dados foram analisados por análise univariada e regressão logística binomial sendo extraído as razões de chance (Odds Ratio – OR) e intervalos de confiança de 95% (IC95%) (α=0,05). RESULTADOS: Na análise univariada foi encontrada associação entre posição da cabeça e idade e modo de sentar para conversar, posição da pelve e modo de pegar objetos do chão, e postura do joelho e sexo. Na regressão logística binária o modelo com idade determinou a postura da cabeça (OR=1,825; IC95%=1,137-2,928). O modelo com postura ao pegar objetos do solo determinou a alteração postural na pelve (OR=2,331; IC95%=1,132-4,807). Para determinar a postura dos joelhos, o sexo foi significativo (OR=1,594; IC95%= 1-2,531). CONCLUSÃO: A faixa etária de 15 a 17 anos tem 82,5% a mais de chance de ter alteração na postura da cabeça. Escolares com o hábito de pegar objetos do solo de maneira adequada possuem maior chance de alteração na postura da pelve, 133%. O sexo feminino tem 59,4% mais chance de desenvolver alteração postural nos joelhos.