Maternidade e desamparo : elaborações a partir de atendimentos a gestantes e a puérperas em internação hospitalar durante a pandemia do COVID 19
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Data
2021Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Assunto
Resumo
No presente trabalho, foram elaboradas considerações baseadas em uma experiência de estágio de atendimento psicológico na maternidade de um hospital referência em atenção materno-infantil na sua região, durante o período da pandemia do Coronavírus - 19. Situou-se o serviço enquanto parte da Rede de Atenção em Saúde materno-infantil, assim como a história das políticas elaboradas para este público. A partir do conceito de desamparo para a teoria psicanalítica, refletiu-se sobre o desamparo mater ...
No presente trabalho, foram elaboradas considerações baseadas em uma experiência de estágio de atendimento psicológico na maternidade de um hospital referência em atenção materno-infantil na sua região, durante o período da pandemia do Coronavírus - 19. Situou-se o serviço enquanto parte da Rede de Atenção em Saúde materno-infantil, assim como a história das políticas elaboradas para este público. A partir do conceito de desamparo para a teoria psicanalítica, refletiu-se sobre o desamparo materno, inerente à condição subjetivante do outro que sustenta o recém-nascido. Assim como o desamparo primordial do bebê, tal desamparo exige uma rede de apoio que lhe ofereça suporte nesse período. Com o advento do COVID 19, as redes foram isoladas, e os cuidadores se tornaram ainda mais vulneráveis. No contexto da internação hospitalar em uma maternidade, gestantes e puérperas ficaram sem acompanhantes e com visitas restritas. Frente a isso, o trabalho desenvolvido nos atendimentos psicológicos foi de “holding do holding”, que se propõe a testemunhar e a acolher o sofrimento de forma que seu peso seja compartilhado. Através de uma clínica de escuta e de ato, foi possível realizar a sustentação das mães para que essas pudessem se reinvestir nas suas relações com seus bebês. ...
Abstract
The present study elaborates considerations based on a clinical psychology internship at the maternity ward of a regional reference hospital in maternal-child health services, during the COVID 19 Pandemic. The service was contextualized as part of the Rede de Atenção em Saúde materno-infantil (network of Maternal-Child healthcare services) as well as the history of public policies elaborated for this population. Deriving from the concept of helplessness in psychoanalytic theory, reflections wer ...
The present study elaborates considerations based on a clinical psychology internship at the maternity ward of a regional reference hospital in maternal-child health services, during the COVID 19 Pandemic. The service was contextualized as part of the Rede de Atenção em Saúde materno-infantil (network of Maternal-Child healthcare services) as well as the history of public policies elaborated for this population. Deriving from the concept of helplessness in psychoanalytic theory, reflections were made on the maternal helplessness inherent to the subjectivating condition of who supports the newborn. Such helplessness, like the prime helplessness of the baby, demands a support system to provide assistance during this period. With the breakout of COVID 19, those systems were isolated, and the caregivers became even more vulnerable. In the context of hospitalization in this maternity ward, pregnant and puerperal women were left without their companions and with restricted visitations. This situation considered, the work developed during psychological care consisted of a “holding of holding”, that proposes to testify and embrace the suffering in a way that its weight could be shared. Through a clinic of listening and acting, it was possible to sustain the mothers so that they could reinvest themselves in their relationships with their babies. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Psicologia. Curso de Psicologia.
Coleções
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TCC Psicologia (438)
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