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dc.contributor.advisorStefani, Luciana Paula Cadorept_BR
dc.contributor.advisorBraulio, Gilbertopt_BR
dc.contributor.authorGuimarães, Marcio Rahel Fariaspt_BR
dc.date.accessioned2022-04-01T04:41:53Zpt_BR
dc.date.issued2022pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/236405pt_BR
dc.description.abstractIntrodução: A pandemia de COVID-19 influenciou drasticamente a prática médica no nosso país. Alterações na dinâmica do funcionamento dos hospitais foram imprescindíveis para reduzir a sobrecarga e para evitar o colapso do sistema de saúde. O presente estudo objetiva examinar se a pandemia impactou na mortalidade de pacientes cirúrgicos no período perioperatório até 30 dias em um hospital referência para o tratamento da COVID-19 no sul do Brasil. Métodos: Conduzimos um estudo de coorte utilizando dados de pacientes cirúrgicos que foram operados antes (janeiro de 2018 a dezembro de 2019) e durante a pandemia do novo coronavírus (fevereiro a dezembro de 2020). Três grupos de pacientes submetidos à cirurgia foram criados: Pré-pandemia (2018-2019), Durante Pandemia COVID-negativos e Durante Pandemia COVID-positivos (2020). Estimamos o risco clínico e cirúrgico e associações independentes entre a pandemia e mortalidade intra-hospitalar até 30 dias foram avaliadas utilizando o modelo de regressão de Poisson com variância robusta. Resultados: Foram incluídos 15.156 pacientes no estudo, sendo 12.207 pertencentes ao grupo pré-pandemia e 2.949 aos grupos de durante a pandemia. A mortalidade encontrada foi de 2,5% (309/12207) no grupo controle versus 7,2% (212/2949) no grupo operado durante a pandemia. A mortalidade entre pacientes diagnosticados com COVID durante ou após a cirurgia foi de 25,8% (32/124) ao passo que dentre os negativos para COVID foi de 6,4% (180/2816). A proporção de cirurgias urgentes, ASA ≥ 3 foi maior no grupo da pandemia. O risco relativo de ter sido submetido a cirurgia durante a pandemia, após ajustes para variáveis sabidamente relacionadas com mortalidade foi de 1,52 (IC 95% 1.27-1.84). Associações independentes foram encontradas entre mortalidade e categoria do modelo de risco Ex-Care, infecção por COVID e cirurgia torácica. Análise de sensibilidade excluindo pacientes infectados por COVID permaneceu mostrando aumento do risco cirúrgico no período da pandemia. [RR de 1.50 (95% IC 1.27-1.78)]. Resultados: A mortalidade perioperatória foi substancialmente aumentada dentre submetidos à cirurgia na pandemia, mesmo entre aqueles sem infecção por COVID. Dessa forma, nosso resultado sugere que a pandemia impactou negativamente na assistência à saúde. Esta pandemia sem precedentes reforça a necessidade de se adotarem estratégias que fortaleçam o sistema cirúrgico e promovam prosperidade econômica em países de baixo e médio rendimentos, tal como o Brasil.pt_BR
dc.description.abstractBefore the pandemic, healthcare systems in LMICs (low-middle income countries) already experienced limited 'capacity to rescue' and scaling up of care to prevent deaths in those patients who develop postoperative complications and physiological deterioration on hospital wards. It is still uncertain whether the pandemic itself and hospital delivery have played a role in raising postoperative mortality rates even further. This before and after cohort study aimed to assess the pandemic impact on postoperative mortality up to 30 days in a university, COVID-19 referral hospital, in Southern of Brazil. Methods: We conducted a cohort study using data from patients who operated before (from January 2018 to December 2019) and during the pandemic (from February to December 2020). Data describing the two groups were compared. The surgical and clinical risk were estimated, and the independent association of pandemic and in-hospital 30-day mortality were evaluated using Poisson regression with robust error variance analysis. Results: 15.156 patients were included, 12.207 operated before the pandemic and 2.949 operated during the first pandemic year. Mortality rates were 2,5% (309/12207) in the control group versus 7,2% (212/2949) in during pandemic group. Mortality among COVID-positive patients was 25,8% (32/124) and between COVID-negative patients was 6,4% (180/2816). The proportion of urgent surgeries, ASA ≥ 3 was higher in pandemic group. The relative risk of being operated during the pandemic, after adjustments for variables known to relate to mortality was 1,52 (1.27-1.84). Sensitivity analysis excluding COVID-positive patients showed the increase in mortality risk of being operated during pandemic [RR of 1.50 (95% CI 1.27-1.78)]. Conclusions: Postoperative mortality was substantially increased among patients submitted to surgery during the pandemic, even among those without COVID infection, and that suggests that the pandemic itself played a negative role in health surgical system. This episode in global health has reinforced the need to adopt strategies to strengthen surgical systems to save lives and promote economic growth in LMIC.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectCOVID-19pt_BR
dc.subjectPostoperative mortalityen
dc.subjectMortalidadept_BR
dc.subjectSurgical deathen
dc.subjectCoronavirusen
dc.subjectPeríodo pós-operatóriopt_BR
dc.subjectSurgical risken
dc.subjectPandemicen
dc.titleMortalidade intra-hospitalar em pacientes submetidos a cirurgia em um hospital universitário no sul do Brasil : comparação entre duas coortes : antes e durante a pandemia covid-19pt_BR
dc.typeTrabalho de conclusão de especializaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001138893pt_BR
dc.degree.grantorHospital de Clínicas de Porto Alegrept_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2022pt_BR
dc.degree.levelespecializaçãopt_BR
dc.degree.specializationPrograma de Residência Médica em Anestesiologiapt_BR


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