A concepção de gênero por meio de memes em uma aula de matemática : uma análise sob as lentes da decolonialidade
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Data
2021Tipo
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Mathematics education and the genre conception in memes : an analysis under decoloniality lens
Assunto
Resumo
Essa pesquisa objetiva investigar como se apresenta a concepção de gênero de alunos e alunas do 1º ano do Ensino Médio evidenciadas por meio de atividades com memes em uma aula de matemática. Nesse sentido, teoricamente nos sustentamos em estudos sobre gênero e decolonialidade, focando, principalmente, a ideia de decolonialidade de gênero, a qual se opõe à colonialidade de gênero que é evidenciada sob uma perspectiva eurocêntrica do saber, ou seja, como algo pertencente ao homem-branco, no noss ...
Essa pesquisa objetiva investigar como se apresenta a concepção de gênero de alunos e alunas do 1º ano do Ensino Médio evidenciadas por meio de atividades com memes em uma aula de matemática. Nesse sentido, teoricamente nos sustentamos em estudos sobre gênero e decolonialidade, focando, principalmente, a ideia de decolonialidade de gênero, a qual se opõe à colonialidade de gênero que é evidenciada sob uma perspectiva eurocêntrica do saber, ou seja, como algo pertencente ao homem-branco, no nosso caso, efetivamente o saber matemático. Assim, desenvolvemos atividades com memes da internet que tratavam da temática gênero, perpetuando uma posição colonial, assim como, memes que referenciam a mulher como não detentora do saber lógico-matemático. Essas atividades foram fontes de reflexão sobre a própria concepção de gênero de cada estudante e propiciaram que essas concepções viessem à tona. Nossos resultados traçam um perfil de indiferença, por parte de alguns alunos, em um primeiro momento, quanto a naturalizações coloniais sobre as relações entre homens e mulheres. Ou seja, há, por vezes, uma despreocupação com o fato do acesso ao corpo feminino ser de decisão do homem na colonialidade das relações afetivas. Sugere, ainda, generalizações das mulheres a fim de justificar determinados comportamentos e defender as atitudes de acesso ao corpo. No entanto, a reflexão pode levar, ao mesmo tempo, a uma postura que encara que a mulher não é menos incapaz que o homem, que não deixa de saber matemática, que possui raciocínio lógico, bem como, o fato dela ser livre para escolher o que quiser ser. ...
Abstract
This research aims to investigate how the gender conception of students from the 1st year of high school is shown through activities with memes in a math class. In this way, theoretically we rely on studies on gender and decoloniality, focusing mainly on the idea of decoloniality of gender, which is opposed to gender coloniality that is evidenced from a Eurocentric perspective of knowledge, that is, as something belonging to white men, in our case, effectively mathematical knowledge. Thus, we d ...
This research aims to investigate how the gender conception of students from the 1st year of high school is shown through activities with memes in a math class. In this way, theoretically we rely on studies on gender and decoloniality, focusing mainly on the idea of decoloniality of gender, which is opposed to gender coloniality that is evidenced from a Eurocentric perspective of knowledge, that is, as something belonging to white men, in our case, effectively mathematical knowledge. Thus, we developed activities with memes from the internet that dealt with the gender theme, perpetuating a colonial position, as well as memes that referred to women as not having the logical-mathematical knowledge. These activities were sources of reflection on each student’s own conception of gender and enabled these conceptions to come to the fore. Our results trace a profile of indifference, on the part of some students, at first, regarding colonial naturalizations about the relations between men and women. In other words,there is sometimes a lack of concern with the fact that access to the female body is the decision of the man in the coloniality of affective relationships. It also suggests generalizations of women in order to justify certain behaviors and defend the attitudes of access to the body. However, the reflection can lead, at the same time, to a posture that sees the woman is no less incapable than the man, who does not stop knowing mathematics, who has logical reasoning, as well as the fact that she is free to choose whatever shewantsto be. ...
Contido em
RIPEM: Revista Internacional de Pesquisa em Educação Matemática. Brasília, DF. Vol. 11, n.1 (2021), p. 105-124
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