Consumo alimentar materno e sua influência na alimentação e na composição corporal de pré-escolares : uma análise longitudinal
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Data
2021Autor
Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Introdução: a alimentação de pré-escolares sofre influência de diversos fatores, incluindo hábitos alimentares das mães, tornando importante estudar as escolhas alimentares maternas. Objetivo: identificar o consumo alimentar materno e a sua influência na alimentação e na composição corporal de préescolares. Métodos: trata-se de um estudo longitudinal prospectivo com pares mãe-criança. As variáveis maternas analisadas foram: acompanhamento do consumo alimentar e as variáveis demográficas e socio ...
Introdução: a alimentação de pré-escolares sofre influência de diversos fatores, incluindo hábitos alimentares das mães, tornando importante estudar as escolhas alimentares maternas. Objetivo: identificar o consumo alimentar materno e a sua influência na alimentação e na composição corporal de préescolares. Métodos: trata-se de um estudo longitudinal prospectivo com pares mãe-criança. As variáveis maternas analisadas foram: acompanhamento do consumo alimentar e as variáveis demográficas e socioeconômicas, e da criança foram: sexo, idade, frequência em escola infantil, consumo alimentar habitual, duração do aleitamento materno, uso de fórmula infantil, tempo de telas e antropometria. Na análise estatística, utilizou-se média e desvio padrão, mediana e intervalo interquartil, os testes ANOVA One-Way e Post Hoc de Tukey, Kruskal-Wallis e Post Hoc de Dunn, correlações de Pearson e Spearman, regressão linear múltipla com análise multivariável, nível de significância de 5%. Resultados: a amostra foi constituída por 83 pares. A proporção de consumo de alimentos pelas mães foi de 58,5% de in natura e/ou minimamente processados (IN), 12,9% de processados (PR) e 28,7% de ultraprocessados (ULPR). Nas crianças, a proporção de consumo destes alimentos foi de 51,9%, 13,1% e 32,1%, respectivamente. Houve correlação positiva entre o consumo alimentar mãe-criança no grupo 5 (carnes e ovos) (r=+0,22; p=0,049) e IN (r=+0,30; p=0,006). As mães com maior escolaridade consumiram estatisticamente mais alimentos do grupo 2 (legumes e verduras) (r=+0,216; p=0,050) e 4 (leite, queijo e iogurte) (r=+0,248; p=0,024), e menos do 7 (r=-0,341; p=0,002); as com maior renda consumiram mais PR (p=0,048). O maior consumo infantil de IN ocorreu em famílias com renda ≥ 3 salários mínimos mensais (SM) (p=0,033), e o maior consumo de ULPR ocorreu em famílias com renda > 1 SM a < 3 SM (p=0,014). O consumo infantil do grupo 6 (feijões e oleaginosas) obteve correlação positiva com escolaridade materna (r=+0,443; p<0,001), o 2 obteve correlação negativa (r=-0,286; p=0,009), assim como, o 9 (café e chá) (r=-0,358; p=0,001) e ULPR (r=-0,231; p=0,036). O maior consumo infantil de ULPR esteve estatisticamente associado com tempo de tela ≥ 240 minutos/dia (p=0,007). O maior consumo do grupo 6 (r=-0,244; p=0,026) e IN (r=-0,224; p=0,041) correlacionou-se com a menor idade da criança. No estado nutricional, 30,1% (n=25) das crianças estavam com excesso de peso, 25,3% (n=21) excesso de adiposidade pela DCT e 36% (n=30) pela DCSESC. Quanto maior o consumo materno de IN, menores foram as DCT (p=0,049; β-0,211) e DCSESC (p=0,011; β-0,278), e quanto maior o consumo materno de ULPR, maiores foram as DCT (p=0,010; β+0,274) e DCSESC (p=0,043; β+0,222) da criança. Quanto maior o consumo infantil de PR, maiores foram as DCT (p=0,001; β+0,347) e DCSESC (p=0,013; β+0,283) da criança. Conclusões: a alimentação materna apresentou correlação com a escolaridade materna e renda familiar. A alimentação infantil obteve correlação com a alimentação e escolaridade materna e com a idade da criança, associação com a renda familiar e tempo de tela. A alimentação mãe-criança teve correlação com o estado nutricional das crianças. ...
Abstract
Introduction: the preschoolers feeding is influenced by many factors, including the mother`s eating habits, becoming important to study to maternal food choices. Objective: to identify the maternal food consumption and its influence in preschoolers feeding and body composition. Methodology: it’s a prospective longitudinal study using the convenience sample the mother-child pair. The maternal variables analyzed were: the feeding consumption, family demographic and socioeconomic. The child’s vari ...
Introduction: the preschoolers feeding is influenced by many factors, including the mother`s eating habits, becoming important to study to maternal food choices. Objective: to identify the maternal food consumption and its influence in preschoolers feeding and body composition. Methodology: it’s a prospective longitudinal study using the convenience sample the mother-child pair. The maternal variables analyzed were: the feeding consumption, family demographic and socioeconomic. The child’s variables analyzed were: sex, age, the feeding consumption habits, attend children`s school, breastfeed duration, use complementary feeding, screen time and anthropometry. In the statistical analysis was used mean and standard deviation, median and interquartile rage, the ANOVA One-Way and Tukey Post Hoc test to, Kruskal-Wallis and Dunn Post Hoc tests, the Pearson and Spearman correlation, multiple linear regression with covariate adjusted multivariate analysis, a confidence level of 5%. Results: the sample was constituted by 83 mother-child pair. The proportion of mothers feeding consumption was distributed in 58.5% unprocessed and/or minimally processed food (UN), 12.9% processed food (PR), and 28.7% ultra-processed (ULPR) food. In children, the proportion of consumption of these foods were to 51.9%, 13.1% e 32.1%, respectively. There was a positive correlation between mother-child food consumption in group 5 (meat and egg) (r=+0.22; P=0.049) and UN (r=+0.30; P0.006). The mothers with higher education consumed statistically more group 2 foods (vegetables) (r=+0.216; P=0.050) and 4 (milk, cheese and yogurt) (r=+0.248; P=0.024), and less to 7 (oil and fats) (r=-0.341; P=0.002), and the mothers with higher family income consumed more PR (p=0.048). The higher UN consumption was by children that had family income ≥3 monthly minimum wage (MW) (P=0.033), and the higher ULPR consumption by children with a family income >1MW to <3MW (P=0.014). The child food consumption in group 6 had positive correlation with mother’s education levels (r=+0.443; P<0.001), the 2 had negative correlation (r=-0.286; P=0.009), as well as the 9 (coffee and tea) (r=-0.358; P=0.001) and ULPR (r=-0.231; P=0.036). The highest child food consumption of ULPR was statistically associated with a ≥240 minutes/day (p=0.007) screen time. The higher child food consumption at the group 6 (r=- 0.244; P=0.026) and UN (r=-0.224; P=0.041) had correlation with the youngest child. In nutrition status, 30.1% (n=25) of the children were with overweight, 25.3% (n=21) had adiposity excess in TSK and 36% (n=30) in SSK. The greater maternal consumption of UN, the smaller were the children TSK (p=0.049; β=- 0.211) and the SSK (p=0.011; β=-0.278), and the higher maternal ULPR consumption the greater was the children TSK (p=0.010; β=+0.274) and SSK (p=0.043; β=+0.222).The greater child consumption of PR, the greater was them TSK (p=0.001; β=+0.347) and SSK (p=0.013; β=+0.283). Conclusion: the maternal food intake had correlation with her education and family income. The child feeding had correlation with the maternal intake and education, and with the child’s age, association with family income and the screen time. The mother-child food consumption had correlation with the children’s nutrition status. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente.
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