Fatores associados à interrupção do aleitamento materno exclusivo em bebês com até 30 dias de vida
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2016Author
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Graduation
Abstract in Portuguese (Brasil)
Introdução: o leite materno é um alimento completo para o bebê, sendo recomendado de forma exclusiva até o sexto mês. Contudo, a duração do aleitamento materno exclusivo (AME) no Brasil ainda está aquém do preconizado e vários são os fatores envolvidos para este cenário. Objetivo: determinar os fatores associados à interrupção do aleitamento materno exclusivo em bebês com até 30 dias de vida. Método: trata-se de um estudo transversal, realizado no ambulatório do Hospital de Clínicas de Porto Al ...
Introdução: o leite materno é um alimento completo para o bebê, sendo recomendado de forma exclusiva até o sexto mês. Contudo, a duração do aleitamento materno exclusivo (AME) no Brasil ainda está aquém do preconizado e vários são os fatores envolvidos para este cenário. Objetivo: determinar os fatores associados à interrupção do aleitamento materno exclusivo em bebês com até 30 dias de vida. Método: trata-se de um estudo transversal, realizado no ambulatório do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) em 2015, com 341 puérperas e seus recém-nascidos que retornaram para o reteste da orelhinha com até 30 dias de vida, que não tinham amamentação contraindicada, acompanhados pelas suas mães e que permaneceram na Unidade de Internação Obstétrica do HCPA durante toda a sua internação após o nascimento. Realizou-se entrevista com as mães utilizando-se questionário estruturado. Procedeu-se análise bivariada e multivariada dos dados. A medida de efeito aplicada foi a Razão de Prevalências (RP). Estabeleceu-se valor de p≤0,20 na análise bivariada como critério para a entrada da variável no modelo final. O nível de significância adotado foi de 5% (p≤0,05) e as análises foram realizadas no programa SPSS versão 18.0. O projeto maior foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HCPA, sob n° 140681. Resultados: a prevalência de AME na amostra foi de 79,5%. Bebês com ≥ 21 dias de vida (RP: 3,97; IC 95% 1,01 a 15,6; p = 0,049), bebês que receberam complemento lácteo no hospital (RP: 2,04; IC 95%1,07 a 3,92; P = 0,031), mulheres que tiveram dificuldade de amamentação após a alta hospitalar (RP: 2,64; RP 95% 1,12 a 6,21; p = 0,026) e aquelas com cor da pele não-branca (RP: 2,58; IC95% 1,18 a 5,62; p= 0,018) aumentaram a prevalência de interrupção do AME. Conclusão: os fatores associados à interrupção do AME em bebês até 30 dias de vida direcionam para a necessidade de apoio consistente à mãe e bebê frente às dificuldades na amamentação, evitando-se o uso de complementos lácteos ainda enquanto internados. Percebe-se a necessidade de ações mais efetivas em prol do aleitamento materno dos profissionais de saúde da atenção básica. ...
Institution
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Enfermagem. Curso de Enfermagem.
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