Entre biografemas e incidentes : histórias insólitas e sem fama de uma professora imaginária

Abstract

Este texto problematiza a identidade docente como algo fixo, propõe uma docência que tenha como modo de operar uma identidade fic-tícia a partir das noções de biografemas e incidentes apresentadas por Roland Barthes (2004a; 2004c). Essa problematização se dá na forma de uma autoficção, em que se abre espaço para uma trans-criação, com Haroldo de Campos (2013) e Sandra Corazza (2013) do fazer docente, encontrando no fantástico de Julio Cortázar uma ma-neira de relatar a si, de modo que se possa borrar as fronteiras entre real e ficção. Trata-se da fantasia de escritura de uma professora em formação, de uma docência em movimento e que escreve para conhecer. Utiliza como artifício a história de uma professora imagi-nária que relata a si enquanto moradora de um bairro, ao modo de Gonçalo M. Tavares. O texto busca discutir a possibilidade de descen-tralizar, fragmentar e desconstruir o conceito de professor enquanto o de um ser uno, homogêneo e essencial.

This text problematizes the teaching identity as something fixed, pro-poses a teaching that has as a way to operate a fictitious identity based on the notions of biographems and incidents presented by Roland Barthes (2004a; 2004c). This problematization occurs in the form of a self-fiction, where a space is created for a transcreation, with Haroldo de Campos (2013) and Sandra Corazza (2013) of teach-ing, finding in Julio Cortázar’s fantastic a way to narrate itself, in a way that it can blur boundaries between reality and fiction. It is the fantasy of writing by a teacher in training, a teaching in movement that writes to know. Using as an artifice the story of an imaginary teacher who tells herself as a resident of a neighborhood, in the manner of Gonçalo M. Tavares. The text seeks to discuss the possi-bility of decentralizing, fragmenting and deconstructing the concept of the teacher as that of an unite, homogeneous and essential being

Este texto problematiza a la identidad docente como algo fijo, pro-pone una docencia que tiene como forma de operar una identidad ficticia a partir de las nociones de biografemas e incidentes presen-tados por Roland Barthes (2004a; 2004c). Esta problematización se da en la forma de una autoficción, donde se abre el espacio para una transcreación, con Haroldo de Campos (2013) y Sandra Corazza (2013) del quehacer docente, encontrando en lo fantástico de Julio Cortázar una forma de reportarse a sí mismo, para que pueda desdibujar los límites entre realidad y ficción. Se trata de la fantasía de escritura de una profesora en formación, de una docencia en movimiento y que escribe para conocer. Utiliza como artificio la historia de una profe-sora imaginaria que se presenta como habitante de un barrio, a la manera de Gonçalo M. Tavares. El texto, por lo tanto, busca discutir la posibilidad de descentralizar, fragmentar y deconstruir al concepto de profesor como el de un ser único, homogéneo y esencial.