Das festas ao isolamento social : impactos da pandemia de covid-19 em ações de redução de danos
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2021Author
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Specialization
Abstract in Portuguese (Brasil)
Em 2020 a pandemia de Covid-19 transformou nossos territórios e nossos corpos em uma crise de saúde global. Diante desta, os coletivos de Redução de Danos (RD) que atuavam em festas e festivais de música eletrônica no Brasil tiveram de encontrar novas estratégias para promover a atenção e o cuidado às pessoas que usam substâncias psicoativas (SPA). Esta pesquisa qualitativa de método fenomenológico buscou identificar coletivos de RD que atuavam em festivais de música eletrônica do país em 2019, ...
Em 2020 a pandemia de Covid-19 transformou nossos territórios e nossos corpos em uma crise de saúde global. Diante desta, os coletivos de Redução de Danos (RD) que atuavam em festas e festivais de música eletrônica no Brasil tiveram de encontrar novas estratégias para promover a atenção e o cuidado às pessoas que usam substâncias psicoativas (SPA). Esta pesquisa qualitativa de método fenomenológico buscou identificar coletivos de RD que atuavam em festivais de música eletrônica do país em 2019, além de descrever a abordagem desenvolvida por esses grupos para minimizar os riscos e os danos associados ao consumo de substâncias no contexto de pandemia, bem como problematizar e repensar a política de combate às substâncias psicoativas no Brasil. No ano de 2020 existiam mais de 40 coletivos espalhados pelo Brasil. Os participantes da pesquisa (n=10) eram membros de coletivos que atuam nos estados de São Paulo (2), Minas Gerais (4), Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Bahia (um coletivo, cada). A análise dos resultados aponta que o distanciamento social e o fechamento de locais e eventos públicos impactou diretamente o trabalho de muitos grupos. Dentre as estratégias encontradas pelos coletivos para permanecer atuando está a produção de conteúdo digital com caráter educativo e informativo nas redes sociais. Enquanto movimento social alguns coletivos seguiram realizando ações de RD presenciais, por meio da arrecadação e da distribuição de insumos, kits de higiene e EPIs. Quanto a atual política de drogas brasileira, os coletivos apontam a necessidade de mudanças pautadas na saúde, no acesso à informação e na liberdade do usuário. Nota-se que o desafio nos tempos atuais é a implementação de uma política de drogas pautada nos princípios fundamentais defendidos pelo SUS e pela RD e a aproximação dos movimentos sociais de redutores de danos. ...
Institution
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Curso de Especialização em Saúde Pública.
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Health Sciences (1509)
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